A lista abaixo tinha tudo para ser ainda maior, tal a qualidade de nomes que atuam no futebol brasileiro. Escolhemos não somente peças dentro de campo, com um técnico que merece o seu reconhecimento por um feito inédito e difícil de ser repetido.
Arrascaeta
O médio do Flamengo teve o ano mais goleador da sua carreira. Foram 25 golos e 20 assistências, brilhando com a camisola do Rubro-Negro. As duas últimas assistências surgiram na Taça Intercontinental, contra o Pyramids, fazendo com que batesse as suas melhores marcas pelo Rubro-Negro neste quesito (19 passes para golo em 2019 e em 2022).
Arrascaeta foi além do que já entregava nos anos anteriores, encontrando uma fase matadora que, até então, não era muito comum na sua trajetória e terminou o ano como segundo melhor marcador do Brasileirão.
O uruguaio foi uma das referências do Flamengo campeão de quase tudo que disputou no ano: Taça Guanabara, Campeonato Carioca, Supertaça do Brasil, Taça Libertadores, Brasileirão, Dérbi das Américas e Taça Challenger.
Matheus Pereira
O antigo jogador do Sporting apresenta um estilo de jogo que poucos possuem no cenário brasileiro. Matheus Pereira sabe gerir o jogo na hora certa e acelerar as jogadas nos momentos oportunos, muitas vezes com passes de primeira e uma visão de jogo diferenciada. A sua qualidade foi o termómetro da Raposa em 2025, levando a equipa de Leonardo Jardim à fase de grupos da Libertadores com tranquilidade.
O brasileiro foi a cabeça pensante do conjunto do técnico Leonardo Jardim, recebendo pedidos para uma oportunidade na seleção brasileira, que não conta com um jogador com as suas características. Ao todo, foram oito assistências na temporada, sete no Brasileirão, torneio em que também fez sete golos.

Vitor Roque
Quando o Palmeiras começou a estar num bom nível, Vitor Roque correspondeu. O ex-Barcelona pode até ter demorado a marcar os golos que os adeptos tanto esperavam pelo alto investimento. Mas, quando a boa fase apareceu, encaixou no setor ofensivo do Verdão ao lado de Flaco López, totalizando 20 golos este ano.
O Tigrinho terminou o ano a ser chamado para a seleção do Brasil, aumentando a sua esperança de estar no Mundial. O jovem foi chamado para os últimos amigáveis do ano, em novembro, contra Senegal e Tunísia. Vestir a camisola da seleção era um objetivo do jogador desde o seu regresso ao futebol brasileiro, que aconteceu após uma passagem sem grande brilho por Espanha.
Kaio Jorge
O avançado do Cruzeiro terminou 2025 na liderança dos marcadores do Brasileirão (21 golos) e da Taça do Brasil (5 golos). Os seus golos em momentos decisivos deram muitas alegrias aos adeptos celestes, que o tiveram como uma referência no ataque, colocando a estrela Gabigol no banco sem nenhuma contestação.
As boas exibições também renderam uma chamada à seleção do Brasil, mas não teve a mesma sorte de Vitor Roque. Com poucos minutos de jogo contra o Chile, lesionou-se e apesar de ter recebido de Carlo Ancelotti a informação de que voltaria a ser chamado caso mantivesse o bom nível, não voltou a ser chamado. O sonho de disputar o Mundial ainda existe, mas terá a dura missão de superar os próprios feitos de 2025 para continuar com hipóteses de bater a concorrência por esse lugar.
Rafael Guanaes
O técnico do Mirassol foi uma das maiores surpresas do futebol brasileiro. Com muitos méritos, Guanaes implementou um estilo de jogo eficaz e consistente, que fez frente aos principais clubes do país. Para quem imaginou, antes do Brasileirão começar, que o Mirassol ia lutar para não descer, o erro foi grande.
O Leão Caipira passou por cima de nomes muito mais tradicionais, mantendo-se na parte de cima da tabela desde as primeiras jornadas. O futebol do conjunto paulista foi elogiado do início ao fim, com o coletivo a falar mais alto, sem deixar de apresentar peças de destaque, a exemplo do defesa Jemmes.
O dedo de Guanaes esteve claro e presente durante toda a trajetória de sucesso do clube na Série A. O técnico colocou-se entre os maiores destaques do Brasileirão, apresentando as suas credenciais depois de ter comandado conjuntos de menor expressão como Operário-PR, Novorizontino, Tombense, Votuporanguense, São Carlos, Monte Azul, Joseense e São José dos Campos.
O saldo final foi um justo apuramento para a fase de grupos da Libertadores, um feito inédito para um clube que disputou a elite do futebol brasileiro pela primeira vez na sua história. Foi inevitável que propostas aparecessem para Guanaes, mesmo após a sua renovação de contrato. O Botafogo viu o treinador bater o pé e insistir em ficar no emblema do interior, que vai procurar bater os seus próprios feitos em 2026.
