Andebol: Dinamarqueses descontentes com os organizadores do Mundial feminino

Seleção dinamarquesa reunida em frente a uma arena praticamente vazia em Roterdão
Seleção dinamarquesa reunida em frente a uma arena praticamente vazia em RoterdãoThomas Traasdahl / Ritzau Scanpix / Ritzau Scanpix via AFP / Profimedia

Jogadoras e dirigentes dinamarqueses têm manifestado insatisfação com o desinteresse dos espectadores na Ahoy Arena, em Roterdão, quando os Países Baixos não estão em campo.

É tradição que as arenas estejam esgotadas quando o país anfitrião disputa torneios finais, e isso também se verificou quando os Países Baixos jogaram na Ahoy Arena, perante 9.000 espectadores.

No entanto, como tem acontecido há vários anos, o andebol enfrenta dificuldades nos dias em que a equipa anfitriã não joga.

Per Bertelsen, responsável pelo torneio e presidente do COC na Federação Internacional de Andebol, IHF, reconhece esta situação.

"No fundo, é algo que discutimos com a organização. É um tema que abordamos já um ou dois anos antes – os desafios que podem surgir. É um problema nos dias em que a equipa da casa não joga. Isso é um facto", afirmou Bertelsen à TV 2 Sport.

A capitã dinamarquesa Trine Ostergaard também considera que a falta de público diminuiu o entusiasmo no torneio.

"Acho extremamente lamentável que, com tantas seleções de qualidade neste campeonato, as pessoas só apareçam quando os Países Baixos jogam. É uma pena para todo o torneio que não tenham conseguido divulgar o evento para atrair público para ver outras seleções além da sua", afirmou.

Em relação à assistência, nunca houve mais de 20% da lotação em qualquer dos jogos da Dinamarca. O número mais baixo foi de 185 espectadores no jogo da Dinamarca, na ronda intermédia, contra Senegal (2% da capacidade).

A Dinamarca volta a jogar na noite deste domingo, frente à Hungria, na ronda intermédia.