Em entrevista à agência Lusa, na véspera de se assinalarem 200 dias para o arranque de Paris-2024, Marco Alves revela que “todas as informações, quer sejam oficiais, quer sejam mais informais, é que efetivamente a cerimónia de abertura será concretizada no Rio de Sena”, apesar de “muita resistência de alguns países”, sobretudo por razões de segurança.
“Desse ponto de vista de segurança, há efetivamente, alguns países que decidiram que se vão fazer representar com uma delegação mínima na cerimónia de abertura”, admitiu.
Apesar de ser um sonho de qualquer qualificado participar na cerimónia de abertura, esta traz sempre algum cansaço extra aos atletas, pois é um dia “muito pesado naquilo que é a preparação da competição” e “são muitas horas antes que eles têm estar disponíveis para se poderem mobilizar para o local da cerimónia”.
“Há aqui muitas questões também mais relacionadas até com o descanso e com a recuperação, que são naturalmente avaliadas. Nós próprios temos esta conversa com os treinadores já durante os Jogos para avaliar, efetivamente, esta participação, porque é um dia, muitas vezes, demasiado longo tendo em conta aquilo que vai acontecer poucos dias depois”, referiu.
Contudo, para Marco Alves, apesar de todas as questões de segurança colocadas, por ser em espaço aberto e não num estádio, como aconteceu até esta edição, esta “não deixa de ser uma cerimónia icónica”.
“A concretizar-se – eu acho que vai acontecer –, vai ser uma cerimónia diferente de todas as outras, acho que vai mudar o paradigma da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos. Deixar o estádio, permitir a envolvência com a cidade, permitir que, efetivamente, mais pessoas vivam aquilo que é o início da celebração dos Jogos Olímpicos. Eu acho que, desse ponto de vista, o projeto tem muito mérito”, concluiu.