Segundo a entidade, que reuniu em congresso na quinta-feira e hoje, em Tóquio, as decisões tomadas pelos representantes de 214 federações membro visam modernizar a governação da modalidade e preparar o futuro do atletismo global.
As 12 alterações à sua constituição envolvem a Unidade de Integridade do Atletismo e o Painel de Verificação, com alterações editoriais e de clarificação, e, de acordo com o organismo, uma atualização que “reflete o compromisso da World Athletics em respeitar todos os direitos humanos internacionalmente reconhecidos, entre outros”.
Foi acordado que o limite máximo de três mandatos no conselho executivo não se aplica ao presidente e vice-presidente da Comissão de Atletas, como forma de reter os desportistas de elite na governação da World Athletics.
“Muitos dos meus colegas do conselho executivo são ex-atletas com experiência e conhecimento significativos. Permitir que um atleta, que nos serviu bem na sua capacidade de representação dos seus pares, continue o seu envolvimento na administração do desporto no Conselho noutra função só trará benefícios para a World Athletics e para o desporto no seu conjunto”, justificou o presidente Sebastian Coe.
Um indivíduo que tenha servido em cargos prévios no conselho executivo pode cumprir até cinco mandatos no total, mas apenas três como presidente de uma determinada área.
Se não houver candidatos suficientes de um sexo para cargos de vice-presidente ou de membro do conselho executivo, a posição permanece vaga até preenchimento posterior.
Estas mudanças “visam beneficiar o atletismo globalmente, aproveitando a experiência de ex-atletas em funções administrativas", explicou Coe.
O congresso reforçou a agenda de inovação, incluindo o lançamento do World Athletics Ultimate Championship, um evento novo que vai decorrer em Budapeste em 2026, concebido para ser o culminar da temporada de atletismo.
“A nossa atividade central é o desporto, mas o nosso negócio tem de ser entretenimento”, sublinhou Coe, apostado em alterar o conceito da experiência do espetador, realçando o “foco no cliente, na experiência e na narrativa”.
Numa reunião magna com várias distinções honoríficas, foram feitas várias alterações tanto competitivas quanto a sistemas de qualificação e que entram em vigor imediatamente, com implementação progressiva até 2026.
O congresso decorreu quinta-feira e hoje, véspera do início dos Mundiais de Tóquio, que decorrem até 21 de setembro.
Foi ainda apresentado um relatório sobre o Plano Mundial para o Atletismo 2022-2030, apresentado pelo presidente do grupo de trabalho e membro do conselho executivo Willie Banks, que reforçou a importância dos quatro pilares: mais participação, mais pessoas, mais fãs e mais parcerias.
O Conselho da Unidade de Integridade do Atletismo, o Tribunal Disciplinar e de Recursos, o Painel de Supervisão de Eleições e o Painel de Verificação, quatro entidades independentes, também apresentaram relatórios autónomos.
O primeiro dia do Congresso, na quinta-feira, incluiu a aprovação do Relatório e Contas Anuais de 2024.