O All-Star camaronês é apenas o segundo africano a ganhar o prémio de MVP, depois de o nigeriano-americano Hakeem Olajuwon, dos Houston Rockets, ter ganho na época 1993/1994, e disse que nunca previu um futuro na NBA quando começou a jogar.
"A probabilidade de alguém como eu, que começou a jogar basquetebol aos 15 anos, ter a oportunidade de ser o MVP da liga era, diria eu, negativa - zero por cento", afirmou Joel Embiid.
"Não temos muitas oportunidades em África, no geral, para chegar a este ponto. Mas, sabe... improvável não significa impossível", acrescentou.
O titã de sete pés levou os Sixers à sua terceira meia-final consecutiva da Conferência Este este ano, onde lideraram os Boston Celtics por 1-0 antes do Jogo 2 de quarta-feira.
Joel Embiid, porém, esteve quase para terminar a carreira. Quase abandonou o basquetebol meses depois de ter sido escolhido em terceiro lugar no draft de 2014, quando o seu irmão mais novo morreu num acidente de viação.
"Senti que a culpa era minha porque deixei os Camarões, deixei a minha família. Senti que devia ter estado lá para fazer alguma coisa", disse Embiid, que perdeu as duas primeiras épocas da sua carreira devido a uma fratura do pé..
"Estou contente por ter ultrapassado a situação e por estar aqui sentado à vossa frente, tendo realizado algo que muitas pessoas não têm oportunidade de fazer", assumiu.
Embiid, que ficou em segundo lugar na votação para MVP, atrás de Nikola Jokic, do Denver Nuggets, nas duas últimas épocas, produziu uma campanha inegável de MVP este ano, com uma média de 33,1 pontos por jogo, 10,2 ressaltos e 4,2 assistências, o que representa um recorde na sua carreira.