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Depois de ter sofrido uma lesão na perna esquerda a 14 de novembro frente aos Golden State Warriors, Wembanyama (21 anos) não voltou a jogar desde então, falhando 12 partidas após ter brilhado nos 12 primeiros encontros da época 2025/2026.
Sem ele, os Spurs conseguiram mais do que resistir (nove vitórias e três derrotas), o que demonstra a evolução desta equipa após seis temporadas sem play-offs, ocupando agora a 5.ª posição no Oeste (17-7), muito perto dos segundos classificados, os Denver Nuggets (18-6).
Na quarta-feira, os texanos e o seu dinâmico trio de bases De'Aaron Fox, Stephon Castle e Dylan Harper conseguiram vencer no recinto dos Los Angeles Lakers de LeBron James e Luka Doncic nos quartos de final da NBA Cup, torneio criado há três anos no coração da época regular e que teve os Lakers como primeiros vencedores.
Registo de OKC
Depois de um treino intenso de manhã, Wembanyama participou no aquecimento e assistiu ao jogo a partir do banco, sob o olhar do seu pai e do diretor da equipa de França Boris Diaw.
Após o encontro, Wemby passeou-se sorridente pelos corredores da Crypto.com Arena, com um livro da saga "Mistborn" do norte-americano Brandon Sanderson, autor prolífico de fantasia, género de que o interior francês é grande apreciador.
Em "Mistborn", um grupo de foras-da-lei revolucionários utiliza poderes mágicos para tentar derrubar um regime ditatorial. Uma metáfora que faz lembrar a missão que espera os Spurs frente aos Thunder na T-Mobile Arena, domingo às 02:00 da manhã de Lisboa.
Campeão na primavera, Oklahoma City tem dominado a NBA desde o início da época, com 24 vitórias e apenas uma derrota (em Portland a 5 de novembro), o melhor registo de sempre após 25 jogos, em partilha com os Warriors de 2015/2016, que então caminhavam para o recorde da época regular (73-9).
"Para fazer barulho"
Autêntica máquina defensiva, os Thunder, que somam 16 triunfos consecutivos, conseguiram prescindir de um dos seus principais jogadores (Jalen Williams) durante cinco semanas. A sua superioridade é tal que o seu MVP Shai Gilgeous-Alexander (32,6 pontos de média em 32,8 minutos) fica no banco durante o 4.º período em metade dos jogos. Na quarta-feira, OKC esmagou os Phoenix Suns por 138-89, a pior derrota da história dos Suns.
Por seu lado, os Spurs encontraram uma química sob o comando de Mitch Johnson, em torno do base All-Star De'Aaron Fox, que chegou em fevereiro mas esteve lesionado no final da época passada, e que tem compensado a ausência de Wembanyama com liderança e pontos. Ao seu lado, o rookie Dylan Harper e os reforços experientes Luke Kornet e Kelly Olynyk vieram dar mais profundidade ao plantel.
A qualificação para Las Vegas é "importante para o nosso grupo, mostra ao resto da NBA que somos legítimos, mesmo sendo jovens e ainda a montar o puzzle. Vamos para lá para fazer barulho", avisou na quarta-feira Keldon Johnson, que se tornou um verdadeiro agitador a sair do banco.
Se os Spurs encontraram o ritmo certo com um jogo veloz sem Wembanyama, Fox garantiu que a velocidade atual se manterá com o gigante francês (2,24 m). Wembanyama "vai acrescentar à dinâmica ofensiva", fez questão de assegurar o antigo jogador dos Sacramento Kings.
O vencedor garante um lugar na final, disputada na terça-feira em Las Vegas, frente aos New York Knicks ou ao Orlando Magic, que se defrontam mais cedo no mesmo dia. Em jogo, para cada jogador campeão, está um prémio de cerca de 530 mil dólares prometido pela NBA.