Recorde as incidências da partida
Depois de duas derrotas nos dois jogos à frente do Estoril, Ricardo Soares, em relação à equipa que perdeu com o FC Porto, fez apenas uma mudança, e forçada, com o castigado Francisco Geraldes a dar lugar a Carlos Eduardo.
Já Vítor Campelos, também com Rodrigo Moura castigado na baliza, fez regressar o habitual titular Paulo Vítor, após ter estado de baixa, apostando ainda em Ponck no lugar de João Queirós e João Mendes a render João Pedro, em relação à equipa do Chaves que venceu o Portimonense por 2-0.
Ao contrário do que seria esperado, face ao momento das duas equipas, e face ao estatuto de visitante, foi mesmo o Chaves a entrar ao ataque na partida: aos 3' Juninho rematou à figura de Dani Figueira, e aos 5' João Mendes, perante um erro de Pedro Álvaro, atirou a rasar a barra da baliza do Estoril.
Aos 14 minutos, uma vez mais o Chaves pertíssimo do golo, com Juninho a fugir pela direita a Pedro Álvaro e a rematar colocado para enorme intervenção de Dani Figueira.
E como não há duas sem três, Pedro Álvaro, a ter uma noite de autêntico pesadelo, perdeu novo duelo com Juninho aos 29 minutos, derrubando o avançado do Chaves dentro da área. Penálti para os flavienses assinalado por Rui Costa, confirmado pelo VAR e convertido por Steven Vitória, aos 31 minutos, sem festejar, por respeito ao antigo clube que o central internacional canadiano representou.
Sempre tranquilo no jogo, dominando em todos os capítulos, o Chaves foi fazendo o que quis da partida e em cima dos 45 minutos voltou a tentar o remate, com um tiro de João Teixeira, de primeira, mas muito por cima da baliza do Estoril. Um minuto depois, novamente com todo o espaço, João Teixeira voltou a tentar, uma vez mais sem pontaria.
Esboço de reação, pintura borrada pelo capitão
Para a segunda parte o Estoril entrou melhor, esboçou uma reação e, depois de Carlos Eduardo, aos 48 minutos, ter rematado desviado, Gamboa, aos 50', rematou rasteiro e obrigou Paulo Vítor a uma defesa a dois tempos.
O Chaves teve mais uma ocasião prometedora, aos 61 minutos, num livre que Euller bateu ao lado da baliza do Estoril, antes de Ricardo Soares mexer pela primeira vez, tirando Carlos Eduardo e Gamboa para lançar Mor Ndiaye e Léa Siliki.
Respondeu Vítor Campelos, lançado Abass e Jô aos 67' e, um minuto depois, seria o avançado brasileiro a ganhar mais uma grande penalidade, cometida pelo capitão Joãozinho, após um passe genial de João Mendes. Joãozinho reagiu, protestou e viu mesmo o cartão vermelho direto da mão de Rui Costa, ele que já tinha um amarelo, exibido aos 60 minutos.
Steven Vitória, desta vez, cedeu a grande penalidade a João Teixeira que, aos 71 minutos, enganou Dani Figueira e dilatou a vantagem do Chaves: 2-0 e superioridade numérica em campo.
Ricardo Soares voltou a mexer, lançou João Marques e Tiago Araújo aos 72 minutos, mas aos 81' quase via um terceiro penálti, num lance entre Pedro Álvaro e o recém-entrado Luther Singh. Rui Costa, desta vez, porém, mandou seguir. E bem.
Aos 84 minutos, enorme oportunidade para o Estoril, com Alejandro Marques, isolado com um grande passe de João Carvalho, na cara de Paulo Vítor... a atrapalhar-se no domínio de bola.
Aos 90+3', penúltimo dos quatro minutos de compensação, foi novamente João Carvalho a tentar o golo do Estoril, com Paulo Vítor uma vez mais em evidência.
Com esta derrota, o Estoril continua num perigoso 15.º lugar, com 22 pontos, ainda que com mais seis pontos que Marítimo, em zona de play-off, e Paços de Ferreira, em lugar de descida. O Chaves, esse, soma a segunda vitória consecutiva e chega aos 32 pontos, os mesmos do Vizela, num confortável 10.º lugar.
Homem do jogo Flashscore: João Mendes (Chaves)