Depois de uma primeira metade de 2025 bastante aquém do esperado, a Aston Martin terminou a época com sensações não totalmente negativas no fecho da era do efeito solo. Em grande medida, esta melhoria deveu-se à evolução do desempenho de Fernando Alonso, que voltou a ser o responsável por carregar a equipa às costas.
No Grande Circo foram destacados vários momentos-chave da temporada verde, sendo estes os principais:
Melhor momento: GP da Hungria
O Grande Prémio da Bélgica, disputado uma semana antes, foi particularmente complicado para Alonso e Stroll, que terminaram a corrida em 17.º e 14.º lugares, respetivamente. Contudo, esse desaire representou um claro ponto de viragem, já que recuperaram energias uma semana depois na Hungria, com o espanhol a superar problemas nas costas para se qualificar em quinto no sábado e repetir o resultado no domingo, enquanto o seu colega canadiano terminou logo atrás, em sétimo.
É isso que refere a Fórmula 1, mas permitimo-nos acrescentar as duas excelentes exibições do 14 tanto nas qualificações como nas corridas dos dois últimos Grandes Prémios da época. No Catar, a sua prestação valeu-lhe o sétimo lugar na corrida e em Abu Dhabi subiu até um sensacional sexto posto.
Pior momento: Uma pedra no sapato em Monza
O cúmulo do azar para a Aston Martin aconteceu no Grande Prémio de Itália. Lando Norris teve um papel determinante, ele que viria a sagrar-se campeão do mundo. Lance Stroll terminou em 18.º (último entre os que cruzaram a meta), mas Alonso foi forçado a abandonar devido a uma avaria na suspensão causada por uma pedra projetada pelo McLaren do britânico que, de forma surpreendente, atingiu a barra de direção dianteira direita do seu monolugar. Um revés totalmente inesperado quando o espanhol rodava em sétimo, depois de arrancar de oitavo.
Alonso voltou a dominar Stroll
Por fim, os responsáveis da categoria-rainha do automobilismo destacaram o frente a frente entre Fernando e Lance. Não houve grandes surpresas e ficou provado que o bicampeão mundial continua em excelente forma, apesar da sua vasta experiência.
Alonso 16-8 Stroll é o resultado de um duelo claramente desequilibrado. Tal como sublinha o Grande Circo, o 14 superou um início de 2025 complicado para terminar no top-10 da classificação de pilotos com 56 pontos, somando 30 pontos nas últimas 10 rondas do campeonato.
Esperança para 2026
O novo ano apresenta-se promissor para a escuderia verde. A chegada do próximo regulamento, aliada ao trabalho que Adrian Newey tem vindo a desenvolver ao longo de 2025, elevou as expectativas de todos a níveis altíssimos.
Resta saber se o génio da engenharia conseguirá colher frutos e, sobretudo, se a parceria com a Honda no domínio dos motores não trará problemas nem retirará competitividade aos britânicos.