A FIA vai realizar eleições para a presidência na próxima sexta-feira, apesar de uma das candidatas, a suíça Laura Villars, ter recorrido ao tribunal francês (a sede do organismo está em Paris), alegando que as atuais regras eleitorais impedem outros potenciais candidatos de se apresentarem.
"Nada foi alterado. Demorei anos a chegar onde estou. Queixei-me à FIA? Não. As regras existem, herdei-as", garantiu Ben Sulayem em resposta às acusações dos seus críticos sobre um sistema eleitoral que alegadamente favorece o atual presidente.
Uma das normas mais contestadas é o facto de os candidatos terem de apresentar uma lista de vice-presidentes que representem todos os continentes. E só há uma pessoa elegível na América do Sul (a brasileira Fabiana Ecclestone, esposa do antigo chefe da F1, Bernie Ecclestone), que integra a lista do candidato à reeleição.
"Porque é que os candidatos em causa não foram à América Latina apresentar os seus programas? É preciso ir ao encontro das pessoas e conquistar a sua confiança para apoiarem a tua candidatura", defendeu-se Ben Sulayem.
"Podem controlar as suas palavras"
Nos últimos quatro anos, a FIA também entrou em confronto com os pilotos ao tentar impor que deixassem de usar linguagem imprópria durante as corridas ou ao proibir o uso de joias em competição.
"Os pilotos são talentosos e inteligentes e, se conseguem controlar um carro a 300 km/h, também conseguem controlar o que dizem", afirmou o dirigente emiradense.
"Sabia que o cargo implicava desafios, mas não esperava ter de lidar com tantas situações que resultam simplesmente do bom senso", acrescentou.
Ben Suleyman defendeu o seu trabalho na instituição ao longo destes quatro anos: "Se me perguntassem o que teria feito de diferente, responderia 'nada'".
"Fui alvo de ataques dia e noite, mas isso importa-me? Não dou importância a nada e concentro-me no que prometi fazer", concluiu.
