Em Suzuka, a volta de um minuto e 28,877 segundos do líder do campeonato foi 0,581 mais rápida do que a do rookie australiano Oscar Piastri, da McLaren, que vai arrancar da primeira fila da grelha pela primeira vez no domingo.
Houve quem suspeitasse que uma recente diretiva técnica sobre carroçarias flexíveis tinha cortado as asas da Red Bull em Singapura e possivelmente mais além, mas Verstappen comprovou o regresso ao serviço normal. O piloto vincou que não apareceram nenhum dos problemas do fim de semana anterior.
"(Em Singapura) tivemos um mau fim de semana. É claro que as pessoas começam a falar sobre 'Ah, é tudo por causa das directivas técnicas'. Podem ir chupar um ovo. Mas, da minha parte, estava muito entusiasmado para ter um bom fim de semana aqui e garantir que, sim, estávamos fortes", disse.
Verstappen, que estava numa série sem precedentes de 10 vitórias consecutivas antes do choque em Singapura, disse que o seu carro lhe deu muita confiança.
"Quando se tem essa confiança, especialmente no primeiro setor, é possível levar o carro ao limite de forma controlada. Isso trouxe-me um sorriso à cara enquanto conduzia", acrescentou.
Esta foi a nona pole da temporada para Verstappen que colocou um fim a uma série de três em quatro corridas para a Ferrari. O neerlandês, que tem 151 pontos de vantagem sobre o colega de equipa mexicano Sergio Perez, ao fim de 15 das 22 corridas, disse que tinha sido um fim de semana incrível até agora.
"Temos pole positions em que sentimos que a volta foi boa, mas parece sempre um pouco no limite ou achamos que podíamos ter tirado um pouco mais de tempo ou que podíamos ter mudado o equilíbrio. Hoje, e durante todo o fim de semana, o carro está de tal forma que quando entro sei que consigo fazer o melhor tempo sem pensar nisso", revelou.
A Red Bull pode - e parece que está a caminho - de revalidar o título de construtores já este domingo em Suzuka.
"O que testemunhámos hoje (sábado) foi algo muito especial. Aquele primeiro setor foi absolutamente poderoso. A primeira voltar parecia ser boa o suficiente para conseguir a pole, mas ainda conseguiu ser mais rápido. Todas as suas voltas foram impressionantes... foi um desempenho absolutamente alucinante", elogiou Christian Horner, o chefe de equipa da Red Bull.
O engenheiro de corrida de Verstappen também desempenhou um papel importante no incentivo ao piloto.
"O GP (Gianpiero Lambiase) começou a dar-lhe corda na última volta para dizer 'vamos lá ver 28 (segundos)'. Eu disse ao GP que gostaria de ter quatro rodas no carro no final da qualificação", brincou Horner.
Horner disse que Singapura foi "uma anomalia" e que a equipa aprendeu algumas lições.
"O carro sempre foi forte neste tipo de circuito durante todo o ano, particularmente no primeiro sector que é homem e máquina no limite. E hoje (sábado) foi uma exibição fantástica", acrescentou.