Norris assumiu a liderança por um ponto sobre o seu colega australiano no México, no domingo, mas Stella garantiu aos jornalistas que tudo está em aberto no Brasil, Las Vegas, Catar e Abu Dhabi.
Além disso, ainda vão disputar-se dois sprints em São Paulo e Doha.
"Acredito que tanto o Lando como o Oscar entram nas últimas quatro corridas com razões para estarem confiantes", afirmou o italiano.
"A equipa também chega a estas quatro corridas finais com maior compreensão sobre como extrair o máximo rendimento do carro de forma consistente, porque nas quatro corridas anteriores ao México, por vezes deixámos algum potencial por explorar na garagem".
"Nas últimas quatro corridas, não há motivo para pensar que uma pista possa favorecer um piloto em detrimento do outro".
Piastri foi superado por Norris nas últimas cinco corridas, e a vitória dominante do britânico a partir da pole position na Cidade do México, no domingo, anulou a vantagem de 14 pontos do australiano de 24 anos.
Norris já afirmou que não acredita em embalo, mas Piastri mostrou-se mais otimista quanto à sua situação depois de ter subido do sétimo lugar na grelha ao quinto na bandeira axadrezada, no domingo.
O australiano explicou que adaptou o seu estilo de condução ao circuito de baixa aderência do México – condições em que Norris se destaca, enquanto Piastri prefere pistas de alta aderência – e encontrou muito mais ritmo do que nos treinos e qualificação.
Poderia até ter conquistado o quarto lugar ao piloto da Haas, de Oliver Bearman, não fosse o safety car virtual tardio.
"Para o Lando e o Oscar, não há qualquer problema relacionado com o traçado das próximas quatro pistas", garantiu Stella.
"O que importa é assegurarmos, do ponto de vista da McLaren, que estamos em condições de tirar o máximo partido do carro".
Stella salientou que Las Vegas foi uma pista complicada para a McLaren na época passada, mas este ano o cenário pode ser diferente, já que os pneus sofrem menos desgaste.
A vitória de Norris foi a primeira desde a Hungria, em agosto, e também a primeira da McLaren desde o Grande Prémio dos Países Baixos, no final desse mês – quebrando uma sequência de quatro corridas sem triunfos para os campeões.
Stella referiu que o resultado no México foi um impulso de confiança para a McLaren, mesmo de o renascido tetracampeão da Red Bull, Max Verstappen, terceiro classificado no domingo, ter reduzido a diferença para o topo de 40 para 36 pontos.
"Já provámos que temos um carro capaz de vencer corridas e, em certas condições, de dominar", acrescentou.
"Este é o fator mais importante para colocar o Lando e o Oscar em posição de lutar pelo campeonato de pilotos. Não se trata de matemática, mas sim de competitividade. E era fundamental confirmar essa competitividade".
A McLaren descartou a hipótese de dar um novo chassis a Piastri, algo que os pilotos costumam pedir quando atravessam uma quebra inexplicável de rendimento.
"Todos os indícios, todos os dados, todas as medições indiretas ou informações que temos indicam que não há qualquer problema com o carro", afirmou aos jornalistas após a qualificação de sábado.
"Na verdade, há uma rotação de componentes. Portanto, não são sempre as mesmas peças no carro. Por isso, temos motivos para estar tranquilos quanto à ausência de problemas no monolugar".