Meeke chegou à meta do troço de Sever/Albergaria com a suspensão da roda traseira esquerda partida. Ainda tentou reparar os danos com fitas plásticas e cintas para conseguir chegar com o carro ao parque fechado, mas o material cedeu mesmo e o Toyota do líder do campeonato português ficou parado em Albergaria-a-Velha.
Desta forma, Pedro Almeida herdou a vitória que parecia certa de Meeke, batendo Armindo Araújo (Skoda Fabia) por 2,7 segundos, com Pedro Meireles (Skoda Fabia) em terceiro, a 59,1 segundos de Almeida.
“Estou contente”, disse apenas Pedro Almeida, ainda incrédulo com o desfecho do dia, que já tinha visto o espanhol Dani Sordo (Hyundai i20) ficar pelo caminho devido a uma avaria no alternador, que o fez perder mais de meia hora no troço da Lousã.
Kris Meeke ainda furou de manhã e queixou-se da qualidade dos pneus, para além de ter criticado a “decisão estúpida” de fazer um dia tão longo, que levou os pilotos do CPR a disputarem as últimas especiais já com pouca luz.
“Contra a estupidez não há nada a fazer”, criticou, ainda antes de ter sofrido a avaria que viria a ditar a desistência.
Também Armindo Araújo sofreu um furo que lhe custou cerca de dois minutos e roubou a possibilidade de vencer a etapa do CPR, enquanto José Pedro Fontes (Citroën C3) desistiu com um problema mecânico.
A partir de sábado, os pilotos portugueses competem apenas pelo título honorífico de melhor representante nacional no Rali de Portugal, pois as contas do CPR ficaram já hoje fechadas.
Com estes resultados, Meeke mantém o comando, com 81 pontos, graças às três vitórias nas três primeiras provas, enquanto Armindo Araújo ascende ao segundo lugar do campeonato, com 76. Dani Sordo desceu a terceiro, com 66, seguido de Ricardo Teodósio (Toyota Yaris), que soma 48. Com a vitória de hoje, Pedro Almeida ascende ao quinto posto, com 37.
A próxima ronda será o Rali de Castelo Branco, em 13 e 14 de junho.