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MotoGP: Valência fecha o Mundial com pouco mais do que o orgulho em disputa

Álex Márquez em Portugal
Álex Márquez em PortugalPATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP

Apesar de o título de pilotos de MotoGP pertencer a Marc Márquez, com o segundo lugar para o seu irmão Álex, ainda há razões para acompanhar o Grande Prémio de Valência (Espanha), última prova do Mundial, que se realiza no domingo.

Um sétimo vencedor diferente?

Um ano após as trágicas inundações que mergulharam a região em luto e obrigaram à transferência do Grande Prémio para Barcelona, o paddock regressa ao circuito Ricardo Tormo, palco de uma última jornada que promete ser bastante imprevisível.

Imperial desde o arranque até à meta, o italiano Marco Bezzecchi conquistou a vitória em Portugal no último fim de semana, tornando-se o sexto vencedor diferente nos seis últimos Grandes Prémios.

Bezzecchi terminou à frente dos espanhóis Álex Márquez (Ducati-Gresini) e Pedro Acosta (KTM), que vai tentar em Valência conquistar a sua primeira vitória na categoria principal.

Sem o temido Marc Márquez (Ducati), ausente das pistas desde que se lesionou no início de outubro, o leque de candidatos ao lugar mais alto do pódio neste final de temporada é vasto. Até o francês Fabio Quartararo (Yamaha), campeão mundial em 2021, mas apenas nono na classificação geral este ano, a cinco pontos do espanhol Fermín Aldeguer (Ducati-Gresini), oitavo, pode sonhar com esse feito.

Consolação para Bagnaia

Vencedor da última edição do GP em 2023, o italiano Francesco Bagnaia, bicampeão mundial, chega a Valência com o objetivo de voltar às vitórias – ou pelo menos ao pódio –, mais pelo prestígio do que pelo terceiro lugar na geral.

Em Portugal, o piloto da Ducati voltou a abandonar uma corrida de domingo, vítima de uma queda quando seguia na quarta posição.

No Mundial, o italiano, quarto classificado, está distante de Bezzecchi, terceiro. Os dois estão separados por 35 pontos, quando o máximo em disputa ao longo do fim de semana são 37 pontos.

Quinto na geral, Acosta está apenas a três pontos de Bagnaia.

Olhos postos em Jorge Martín

Havia a possibilidade de o campeonato de 2025 terminar tal como começou no final de fevereiro: sem o seu atual campeão mundial Jorge Martín.

No entanto, o piloto espanhol vai tentar virar a página da melhor forma possível após uma temporada para esquecer, marcada por quedas, lesões e várias ausências em pista. O madrileno falhou 14 das 21 primeiras corridas do ano.

"Por agora não é adequado falar de resultados", avisou Martinator sobre o seu regresso, depois de um mês e meio de recuperação após uma queda no Japão, onde fraturou a clavícula direita no final de setembro: "O importante é acumular voltas e recolher dados, o meu objetivo é preparar-me para a próxima temporada".

O regresso à pista do piloto da Aprilia continua, contudo, dependente da avaliação médica, que decidirá esta quinta-feira se está apto a voltar ao asfalto ou não.