Uma das maiores rivalidades do futebol inglês, o clássico entre Manchester United e Liverpool marcou também um ponto de viragem na temporada dos red devils. A 22 de agosto, então na terceira jornada da Premier League, as duas equipas encontraram-se em Old Trafford e uma mudança sobressaiu nas escolhas de Erik ten Hag.
Suplente utilizado diante do Brighton, depois de não ter feito a pré-temporada com a equipa, e titular no debacle com o Brentford, Cristiano Ronaldo caiu definitivamente do onze do Manchester United nesta partida (foi lançado aos 86 minutos). Daí em diante, só voltou a ser titular na Premier League quase dois meses depois, a 16 de outubro, diante do Newcastle.
Foi o sinal mais visível de uma relação tumultuosa que resultou na saída do avançado português, em dezembro, após uma polémica entrevista a Piers Morgan. Chamado a reviver esses momentos, antes do reencontro entre os dois clubes neste domingo, Erik ten Hag mostrou-se de consciência tranquila.
“Eu tento sempre prever as consequências das decisões que faço, não só a curto prazo, mas também num período. Claro que nem sempre tenho o tempo que quero para refletir, mas lembro-me que foram 10 dias em que considerei qual era a melhor escolha, tendo completa consciência da minha responsabilidade. Tive as minhas razões (para deixar Ronaldo no banco) e foram óbvias. Sabia que podiam ter um impacto negativo, é uma possibilidade no futebol, mas não estava preocupado, dormi bem nessas noites. Decidi sempre a pensar no melhor para a equipa e para o clube”, explicou.