- Como está a correr a adaptação ao Catar, apenas algumas semanas após a sua chegada?
- Tudo está a correr bem e estou muito feliz por estar aqui. Neste momento, tudo está a correr bem, tanto com a equipa como pessoalmente.
- Porque é que assinou pelo Qatar SC?
- Tive a oportunidade de vir para cá, gostei do ambiente e também do aspeto desportivo. Precisava de vir para cá para reencontrar as minhas sensações e ter algum tempo de jogo.
- Há alguma diferença em relação à Europa?
- Não há dúvida de que é uma grande mudança entre a cultura europeia e a do Catar. Para mim, não muda muito porque já viajei várias vezes para cá e conheço a cidade e o país. Tudo está a correr bem.
- Lamenta não ter terminado a carreira no PSG?
- Não, não me arrependo de nada. Estou a viver a minha vida como deve ser, passo a passo. Estou muito feliz por estar aqui hoje. Fiz tudo o que tinha a fazer no PSG e não me arrependo de nada. Ganhei tudo. Graças a Deus, estou muito feliz. Continuamos, a vida não pára.
- Pensa voltar ao PSG, como treinador ou noutra função?
- Porque não, um dia. Quem sabe? Não me vejo como treinador no futuro, pelo menos não é um dos meus objetivos, mas nunca se sabe o que o amanhã trará.
- Qual foi a sensação de encerrar uma história de 20 anos com o PSG, sobretudo com a conquista da Liga dos Campeões?
- Foi um momento muito especial. Conseguimos ganhar essa Liga dos Campeões, foi o Santo Graal, o melhor momento da minha carreira no PSG. É um grande feito. Estamos todos muito felizes por ter acontecido desta forma.
- Esteve lesionado durante muito tempo: teve medo de não conseguir voltar?
- Sou um lutador, um guerreiro e tenho a cabeça fria. Se tivesse sido um problema para regressar, teria parado a minha carreira nessa altura. Não foi esse o caso, apesar das lesões graves que sofri. Mesmo que demorasse dois anos, dois anos e meio para voltar, na minha cabeça eu estava sempre preparado para lutar e para poder voltar.

- Como está a correr o seu regresso aos relvados?
- Já joguei dois jogos de 90 minutos seguidos. Isso também mostra que fisicamente estou a sentir-me muito bem. Espero que as coisas continuem na mesma linha.
- Já pensou em continuar a carreira na Ligue 1 mas sem ser no PSG?
- Não, não, não! Para mim, era impossível jogar em qualquer outro lugar em França que não fosse o PSG. Essa é também uma das razões pelas quais vim jogar aqui, porque não queria ter de jogar contra o meu clube de formação. Teria sido um grande desafio e uma grande batalha pessoal. Não queria que chegasse a esse ponto porque, do ponto de vista emocional, teria feito algo por mim.
- Ousmane Dembélé ganhou a Bola de Ouro: o que pensa da sua vitória?
- Para mim, foi bem merecida. Estou feliz porque ele é um amigo, um jogador do PSG e um francês. Por isso, estou muito feliz por ele. Conhecemos o Ousmane, é um tipo simples no dia a dia, tem a sua própria personalidade, é muito cativante. No mundo do futebol, todos conhecemos as suas qualidades.
- Na sua opinião, quem poderia ser o próximo a levantar a Bola de Ouro nesta equipa do PSG?
- Há muitos candidatos. No PSG, todos têm qualidade para a ganhar. Não estou a citar nomes, mas é algo que se joga ao longo de uma época e todos são capazes de fazer uma época de sonho. Com a equipa que o PSG tem hoje, três quartos dos jogadores podem ganhar a Bola de Ouro.
- Falando da seleção francesa, foi campeão do mundo em 2018, mas não participou no Mundial-2022. 2026 é um objetivo para si?
- Claro que sim. Enquanto for jogador de futebol, terei objetivos, mesmo que tenha sido complicado para mim com a minha ausência prolongada. Nunca se sabe o que o amanhã trará, por isso há que acreditar sempre. Vai ser muito complicado, mas por que não?
- A França é a favorita para conquistar o Campeonato do Mundo de 2026?
- Não faço ideia, há grandes equipas e é preciso ter o respeito de o dizer e de o saber. Um Campeonato do Mundo nunca é simples. Haverá todos os melhores países e espero que a França possa ganhar outro Campeonato do Mundo, mesmo que não seja fácil, porque há muitos candidatos ao título.

