Não há dúvida de que os antigos dirigentes da associação "fugiram deliberadamente aos impostos", declarou um juiz do tribunal de Frankfurt, ao proferir a decisão.
O Ministério Público tinha pedido uma coima duas vezes mais elevada, de 270 mil euros.
No centro do processo, que começou em março de 2024, está o pagamento de cerca de 6,7 milhões de euros a um comité responsável pela organização do Mundial, para cobrir as despesas de uma alegada gala que nunca se realizou, e cujo custo não era, portanto, dedutível nos impostos.
No total, mais de 13,7 milhões de euros de impostos não foram alegadamente pagos em 2006.
Segundo o tribunal, os 6,7 milhões de euros foram utilizados pelo presidente do Campeonato do Mundo de 2006 e lenda do futebol alemão Franz Beckenbauer, falecido em janeiro de 2024, para subornar membros do comité financeiro da FIFA. Os dirigentes da DFB pretendiam obter um subsídio de 170 milhões de euros do organismo que tutela o futebol mundial.
Na sequência do escândalo, o estatuto de instituição de solidariedade social da DFB foi retirado com efeitos retroativos.
"A DFB não pode dar-se ao luxo de fazer tudo, mesmo que o futebol seja o desporto preferido dos alemães", insistiu o juiz, para quem a imagem da federação alemã tinha sido "manchada". Os dirigentes da DFB "efetuaram pagamentos não declarados e apoiaram o sistema corrupto da FIFA", declarou a juíza Eva-Marie Distler.
As acusações contra três dos antigos dirigentes da DFB, Theo Zwanziger, Wolfgang Niersbach e Horst Schmidt, foram retiradas em troca de multas entre 10.000 e 65.000 euros cada.