“É um dia de grande alegria, de grande motivação. Andámos a perseguir isto há muito tempo, e parece que ainda estamos aqui a viver um sonho”, destacou o dirigente federativo, em declarações à Lusa.
Segundo Luís Ferreira, a modalidade “tem tudo para ser desporto olímpico”, desde paridade de géneros ao envolvimento de “mais de 150 países do mundo”, com um circuito mundial “com mais de 80 nações representadas”.
Luís Ferreira, que também é vice-presidente da federação europeia, espera que este momento possa trazer um novo impulso no número de praticantes, sobretudo depois do ‘rombo’ sofrido com a covid-19.
“Antes da covid-19, crescíamos muito, mas, infelizmente, esse foi um volte-face grande. Foi quase um ‘reset’ no pós-covid”, lamentou, declarando esperar um aumento de praticantes de um desporto de raquetes implementado por todo o país.
O squash é um desporto praticado com raquetes a dois, ou em duplas, num campo fechado por quatro paredes em que a bola é arremessada contra a parede, tendo já figurado nos Jogos da Commonwealth, Pan-americanos, Jogos Asiáticos e Jogos Olímpicos da Juventude, dando agora o ‘salto’, confirmado na segunda-feira na 141.ª Sessão do Comité Olímpico Internacional (COI).
Portugal tem agora “cinco anos para fortalecer uma equipa de elite”, com os seus melhores jogadores atualmente radicados no Reino Unido – Rui Soares é o 59.º do mundo, com Sofia Aveiro Pita em 142.º.
De resto, a evolução do squash nacional já levou a que Catarina Nunes, atual campeã nacional, tenha decidido parar os estudos “para se dedicar a ser profissional”, com um lote crescente de atletas na seleção nacional.
Assim, há “confiança em ter lá (em Los Angeles2028) um ou dois atletas”, dependendo da forma de apuramento e do lote de desportistas permitido no evento nos Estados Unidos, afirma o líder da federação, já com estatuto de utilidade pública desportiva.
De resto, esta inclusão no programa olímpico permite ainda aceder a mais fundos para o desenvolvimento da modalidade, nota Luís Ferreira, que já vai vendo “acontecer com mais frequência” a construção de campos de squash em investimentos em novas instalações desportivas.