Em novembro de 2021, Hamraoui foi atacada por dois homens mascarados ao regressar de um jantar de equipa, no carro com a colega Aminata Diallo. Mas, depois de Diallo ter sido detida e acusada de instigar o ataque à colega, Hamraoui terá sido alvo de "assédio moral" por parte de algumas jogadoras do PSG.
Duas dessas jogadoras - Marie-Antoinette Katoto e Kadidiatou Diani - recusaram-se a passar a bola a Hamraoui durante os jogos, argumentou o advogado da queixosa, Pascal-Pierre Garbarini, no tribunal do trabalho da capital francesa.
Hamraoui foi "ostracizada" em campo, no balneário e nas bancadas, onde alguns supostos adeptos do PSG exibiram cartazes insultuosos sobre ela, além de ter sido alvo de assédio nas redes sociais, segundo Garbarini.
"O que fez o PSG? Nada!" afirmou, enumerando os valores reclamados por Hamraoui: "um milhão de euros em indemnização e juros por assédio moral, 173.400 euros por incumprimento das obrigações de segurança, 300.000 euros em indemnização e juros por não prevenir o assédio moral, um milhão de euros em indemnização e juros por prejuízo moral e um milhão de euros em indemnização e juros por perda de oportunidade."
O total de quase 3,5 milhões de euros corresponde a "247 meses de salário", protestou o advogado do PSG, Benjamin Louzier, acrescentando que o salário mensal de Hamraoui durante o seu contrato de dois anos na capital francesa era de 14.450 euros líquidos.
Louzier salientou que Hamraoui não apresentou qualquer atestado médico que comprovasse o assédio, não contactou o PSG sobre o assunto, nem o conselho de trabalhadores do clube.
O tribunal do trabalho deverá anunciar a decisão sobre o caso Hamraoui em meados de dezembro.
