“O 3-2 não faz sentido nenhum. Temos de tirar as coisas importantes. A primeira parte não foi totalmente conseguida, mas a equipa esteve bem organizada e o Gana não conseguiu incomodar. Tivemos muita posse de bola, mas faltou agredir o adversário com bola e no espaço. A partir dos 30 minutos começámos a ganhar a profundidade e a entrar no bloco do Gana. Disse aos jogadores que era importante manter a postura em termos de foco no jogo, personalidade e aumentar o ritmo. Entrámos bem na 2.ª parte, fizemos um golo, mas depois não sei… acontecem estas coisas que não deviam de acontecer. Acordámos outra vez, voltámos ao jogo e fizemos dois golos”, apontou Fernando Santos à Sport TV.
"Em termos de transição ataque-defesa estivemos muito bem. O Gana fez zero remates. Nós, com segurança com bola, mas era uma segurança passiva, a trocar a bola atrás, invadimos o meio-campo do adversário mas voltámos para trás e a circular por fora e com pouca agressividade. Estava a faltar isso. Melhorámos a partir dos 30/35 minutos. Nos últimos minutos da primeira criámos três ou quatro situações de grande perigo, com cruzamentos…", disse, em declarações à CNN Portugal.
"O jogo não foi fácil. Ao intervalo disse aos jogadores que era preciso ter paciência, mas não tanta… O jogo estava tão bloqueado que se só tivéssemos paciência não íamos marcar golos. Eles perceberam, tentaram modificar o tipo de jogadas no ataque e foi assim que surgiu o penálti. Depois, sofremos golos que vinham do nada, ainda agora ouvi o João Félix dizer isso, e ninguém pode sofrer golos do nada", vincou.
Os dois golos tiveram início no corredor direito, mas o selecionador desvalorizou: “Não é só pelo lado direito. É pela direita, por dentro da área… mas isso fica para os meus jogadores”.
A fechar, falou sobre a importância da vitória de Portugal: “Três pontos são sempre importantes. O empate do primeiro jogo não interessa, interessa-me são os três pontos de Portugal, mais uma vitória e penso que podemos seguir em frente”.