"Eles são bastante agressivos. Penso que, na prática, assistem a todos os jogos das nossas equipas de formação através dos olheiros".
"Têm controlo sobre todos os 15-20 jogadores das nossas faixas etárias, provavelmente desde o início, a partir dos nove anos. Já estiveram também na nossa escola de futebol, abordaram crianças de oito anos para convencê-las a juntar-se ao FC Copenhaga e fizeram-nas atravessar a ponte para jogar futebol".
"É uma abordagem bastante agressiva, pode-se dizer, e, na nossa perspetiva, talvez não seja esse o objetivo quando se tem oito anos. Nessa idade, o mais indicado seria jogar futebol no clube local e divertir-se com os amigos", afirma Per Aagren, segundo o Fotbollskanalen no podcast Lundh.
O jornal dinamarquês Politiken publicou uma série de artigos na primavera deste ano, descrevendo como é feita atualmente a captação de jogadores muito jovens na Dinamarca, durante a qual o FC Copenhaga foi acusado de uma postura extremamente agressiva.
Mais tarde, o Diretor Desportivo Sune Smith-Nielsen negou estas acusações durante uma Assembleia Geral.
"Posso negar categoricamente que o FC Copenhaga alicia crianças com menos de 10 anos. Não procuramos recrutar jogadores da Suécia ou de qualquer outro lugar em Copenhaga nessa faixa etária".
"Estou envolvido no futebol há muitos anos e este debate sobre o aliciamento de crianças no futebol já dura há 35 anos. Posso também negar categoricamente todas as acusações de suborno no futebol infantil", afirmou Sune Smith-Nielsen na altura.