De forma impressionante, o clube que dominou a liga sueca em 2025 praticamente não fez alterações no plantel que já tinha alcançado um lugar na primeira metade da tabela em 2024, considerado um feito notável.
Talvez ninguém represente melhor a ascensão meteórica do Mjallby do que o ponta-de-lança Jacob Bergstrom, que vestiu pela primeira vez a camisola amarela e preta em 2018 e recentemente completou a sua 200.ª partida pelo clube, distribuída por três passagens.
Após a vitória de sábado, o avançado de 30 anos explicou o significado desta época para o clube e contextualizou o percurso notável do Mjallby em tão pouco tempo.
"É enorme, claro! Estive aqui quando jogávamos na terceira divisão, e já nessa altura sentia muito orgulho por estar nesse nível. E agora, estar aqui com o Mjallby, com estes jogadores, alguns que estão cá há muito tempo, desde essa altura".
"Espero que estejam orgulhosos"
O Mjallby é um clube unido, com forte ligação à comunidade, algo raro na Allsvenskan e mesmo fora dela. Bergstrom, natural de Karlskrona, localidade próxima, compreende bem a importância do clube para os habitantes locais.
"Para cada adepto do Mjallby – não tiveram muito sucesso desde a fundação do clube – por isso, verem tudo isto deixa-me realmente feliz".
Qualquer adepto de uma equipa prestes a conquistar um troféu inesperado fala inevitavelmente do orgulho que sente ao ver os jogadores envergar a camisola. Mas, nesta região da Suécia, são os jogadores que se sentem orgulhosos por terem os adeptos ao seu lado nesta caminhada para a glória.
"Estamos orgulhosos deles e espero que eles estejam orgulhosos de nós".
Sem perder desde a única derrota da época, a 11 de maio, o Mjallby tem feito o suficiente nas últimas semanas para manter uma vantagem confortável sobre o segundo classificado, o Hammarby, somando três vitórias por 1-0 nas últimas quatro jornadas, com um empate 1-1 frente ao Oster como única exceção.
Questionado sobre o que fez a diferença no triunfo por 2-0 diante do Elfsborg, Bergstrom destacou a solidez do MAIF e apontou os fatores que permitiram à equipa manter esta sequência na fase decisiva da temporada.
"Acho que somos uma equipa mais sólida e, nos últimos jogos, mostramos que conseguimos vencer em qualquer fase do jogo. Não importa se é um canto, se é um penálti, mantemos-nos concentrados, somos difíceis de bater, defendemos bem e provámos que somos homens e não rapazes".
"Por isso, orgulho na equipa, na forma como jogamos, como defendemos e em tudo".
No sítio certo, à hora certa
Grande parte do sucesso do Mjallby tem estado centrado no treinador adjunto Karl Marius Aksum e nas inovações táticas que trouxe ao clube de Hallevik.
Mas, por vezes, tudo o que é preciso para marcar é ter um avançado de 1,91m pronto para aproveitar um ressalto na área, e foi exatamente assim que o Mjallby desbloqueou o marcador, graças ao terceiro golo de Bergstrom nesta campanha.
"O futebol, por vezes! Podemos treinar cantos ou pontapés de baliza durante horas, mas depois tudo se decide num ressalto do guarda-redes".
"E essa é a beleza do futebol – podemos trabalhar os processos, a construção de jogo e tudo isso, mas às vezes basta a bola cair no sítio certo! É maravilhoso".
Mesmo com a vitória, era impossível para o Mjallby garantir o título em casa, no Strandvallen, no sábado. A equipa dependia ainda do resultado do Hammarby, que cumpriu o mínimo obrigatório e, com uma vitória por 1-2 sobre o Goteborg, adiou os festejos do Mjallby.
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