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Colômbia desiste de Cristhian Mosquera, que sonha com a seleção espanhola

Cristhian Mosquera tem tudo claro
Cristhian Mosquera tem tudo claroFoto por ALEX GRIMM / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP

O defesa espanhol Cristhian Mosquera, filho de pais colombianos, não será convocado para a seleção deste país porque deseja jogar pela Espanha, afirmou esta quarta-feira o presidente da Federação Colombiana de Futebol (FCF).

O futuro internacional do promissor defesa-central, de 21 anos, tem estado em dúvida devido à possibilidade de representar as seleções principais da Colômbia ou de Espanha.

O defesa-central do Arsenal nasceu em Alicante, para onde os seus pais, originários da costa do Pacífico colombiano, chegaram há mais de duas décadas em busca de melhores oportunidades.

"Foi absolutamente categórico, absolutamente claro ao afirmar que o seu objetivo era integrar a seleção de Espanha. É preciso respeitá-lo", afirmou Ramón Jesurun, presidente da FCF, em entrevista à rádio Antena 2.

"Enquanto não mudar de posição, nós não podemos fazer nada. Ele quer ser integrante, como já foi, das seleções jovens do país onde nasceu, que é Espanha", acrescentou.

Recém-contratado pelo clube londrino, ao qual chegou em julho vindo do Valência, Mosquera representou a La Roja nas camadas jovens, incluindo a seleção sub-23 que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024.

Mosquera, o "reforço" que não foi

Mas a ascendência dos seus pais permitir-lhe-ia jogar pela seleção principal da Colômbia, caso assim o desejasse e fosse convocado pelo selecionador dos Cafeteros, o argentino Néstor Lorenzo.

A FIFA permite que um jogador que tenha atuado pelas seleções jovens de um país represente a seleção principal de outra nação, desde que não tenha disputado qualquer partida oficial pela seleção principal.

Jesurun assegurou que Cristhian foi contactado no passado pela FCF para integrar a seleção sub-20, mas o jogador já havia optado por Espanha.

Já apurada para o Mundial de 2026, a Colômbia tem enfrentado problemas na defesa, a mais vulnerável (18 golos em igual número de partidas) entre as seis seleções sul-americanas que garantiram apuramento direto para a competição do próximo ano, na América do Norte.