Recorde aqui as incidências do encontro
Com um forte registo no frente a frente diante do Japão, o Brasil procurava dar continuidade à sua evolução sob o comando do novo treinador, Carlo Ancelotti. Em 14 jogos disputados, entre particulares e oficiais, esta foi a primeira vitória do Japão frente ao Brasil, com os canarinhos a terem 11 vitórias, registando-se ainda dois empates.

Os visitantes – que garantiram presença no próximo Mundial com um modesto quinto lugar na campanha sul-americana – dominaram a posse de bola na primeira parte, mas deviam ter sofrido aos 22 minutos. Depois de Ritsu Dōan se ter libertado na linha de fundo, serviu Takumi Minamino, cujo passe atrasado saiu demasiado forte para que Ayase Ueda conseguisse desviar para a baliza deserta à boca da baliza.
Esta ocasião desperdiçada revelou-se cara para os anfitriões, já que o Brasil marcou dois golos em apenas seis minutos e assumiu o controlo do encontro. Primeiro, uma boa combinação permitiu que Paulo Henrique fosse lançado por Bruno Guimarães, com o lateral a entrar na área e a rematar de trivela para lá de Zion Suzuki.
Pouco depois da meia hora, a Seleção aumentou a vantagem: Lucas Paquetá levantou a bola para a área, encontrando Gabriel Martinelli, que finalizou de primeira, sem hipótese para Suzuki. Apesar da vantagem de dois golos ao intervalo, a exibição dos visitantes ficou aquém do esperado, embora tenham sido eficazes ao converter os dois remates enquadrados em golos.
Os Samurai Blue sabiam que podiam arriscar na segunad parte, e isso acabou por jogar a seu favor, já que Minamino reduziu a desvantagem sete minutos após o reatamento, ao intercetar uma autêntica oferta de Fabrício Bruno e bater Hugo Souza, ex-Desportivo de Chaves.
Embalados pelo golo, os japoneses deixaram os adeptos em delírio ao chegarem ao empate apenas dez minutos depois. Junya Itō cruzou para a área, onde Keito Nakamura apareceu solto e finalizou de primeira, com a bola ainda a desviar em Fabrício Bruno.
Num final de jogo eletrizante, o suplente Matheus Cunha ainda pensou ter devolvido a vantagem ao Brasil, mas o lance foi anulado por fora de jogo. Cinco minutos depois, o estádio explodiu de alegria quando o cabeceamento do ex-Marítimo Ueda na sequência de um canto teve força suficiente para bater Souza e ultrapassar a linha de golo, consumando uma reviravolta memorável para os anfitriões.