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Estreia com pressão: Jackson vive expectativa máxima no Bayern Munique

Nicolas Jackson com a camisola do Senegal.
Nicolas Jackson com a camisola do Senegal.Mike Egerton / PA Images / Profimedia
Nicolas Jackson encontrava-se ao serviço da seleção senegalesa, a disputar a fase de qualificação para o Campeonato do Mundo, quando Uli Hoeneß revelou, em Munique, alguns detalhes do contrato de empréstimo do avançado com o FC Bayern.

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O jogador de 24 anos não terá ficado satisfeito por ver informações sobre a sua transferência, um empréstimo de um milhão de euros do Chelsea para o campeão alemão, expostas e alvo de um debate público controverso durante vários dias.

O conselheiro de Jackson, Diomansy Kamara, evitou críticas diretas a Hoeneß. Ainda assim, uma breve publicação no Instagram deixou transparecer alguma surpresa: “Muitos falam, mas poucos dizem a verdade”, escreveu Kamara, de forma enigmática.

Mas afinal, qual é a verdade? Hoeneß revelou ao Sport1-Doppelpass que a equipa de Jackson pagou três milhões de euros da taxa de empréstimo, num total de 16,5 milhões de euros. Acrescentou ainda que o Bayern só seria obrigado a acionar a cláusula de compra, avaliada em 65 milhões de euros, caso o internacional senegalês fosse titular em 40 jogos oficiais. E garantiu: “Ele nunca o fará.”

Hoeneß justificou mais tarde a divulgação destes detalhes internos, dizendo que apenas quis “ajudar” o diretor desportivo Max Eberl e o conselheiro do jogador. O dirigente acrescentou que ficou “incrivelmente irritado com a estupidez de alguns jornalistas” que interpretaram as suas palavras como uma crítica direta a Jackson: “Não prestaram muita atenção à matemática.”

No entanto, talvez tenha sido o próprio Hoeneß a não fazer bem as contas: teoricamente, Jackson poderia atingir os 40 jogos como titular, considerando o campeonato e a Liga dos Campeões, mesmo com a ausência prevista durante a Taça das Nações Africanas, em dezembro e janeiro.

Os números de Jackson
Os números de JacksonFlashscore

Possibilidade de estreia contra o Hamburgo

Antes disso, Nicolas Jackson fará a sua estreia pelo Bayern no próximo sábado, frente ao recém-promovido Hamburgo. O avançado senegalês estará ainda mais no centro das atenções, depois do furor causado em torno da sua transferência de última hora.

Mas Jackson chega a Munique confiante. Após a vitória por 2-0 sobre o Sudão, em Diamniadio, e o triunfo por 3-2 frente à República Democrática do Congo, em Kinshasa, o Senegal está muito próximo de garantir a qualificação para o Campeonato do Mundo de 2026. O avançado marcou, inclusive, o golo da vantagem no empate 2-2 contra a seleção congolesa.

Em Munique, a expectativa também é elevada. Os bávaros esperam golos decisivos do seu novo reforço, que deverá ser uma arma imediata no ataque, ao lado de Harry Kane, Michael Olise, Luis Díaz e Serge Gnabry. O diretor desportivo Max Eberl elogiou a contratação: “Ele encaixa-se perfeitamente no nosso perfil, pelo dinamismo e pela presença em campo. Tem fome de vencer e será um reforço imediato.”

O também diretor desportivo Christoph Freund destacou o “amplo leque de qualidades” do internacional senegalês, sublinhando ainda o seu caráter: “É um jogador aberto e positivo. Não terá problemas de adaptação.”

Formado no Villarreal, Jackson soma 81 jogos pelo Chelsea, com 30 golos marcados desde 2023. Pelo clube londrino, conquistou recentemente a Liga Conferência e o Mundial de Clubes.

“Estou muito feliz por fazer parte deste grande clube. Tenho grandes objetivos e sonhos aqui. O Bayern é um dos melhores clubes do mundo”, afirmou Jackson, visivelmente entusiasmado após a assinatura do contrato, apesar de contar com um presidente honorário… bastante falador.