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La Roja parte para o encontro como clara favorita, tendo em conta os seus registos recentes e históricos.
Espanha em grande forma na qualificação para o Mundial
Nos dois jogos já disputados no Grupo E, a equipa de Luis de la Fuente venceu ambos, com nove golos marcados (seis frente à Turquia e três contra a Bulgária) e sem conceder qualquer golo.
Além disso, em jogos oficiais realizados neste ano civil, os espanhóis continuam invictos.
A única mancha no percurso de 2025 foi a derrota nos penáltis frente a Portugal na final da Liga das Nações, após um empate 2-2.
Na verdade, nos 72 jogos disputados desde 2020, entre oficiais e particulares, La Roja só perdeu em sete ocasiões distintas, e em seis dessas derrotas foi sempre pela margem mínima.
Nessa sequência, o único jogo oficial em que o adversário marcou dois golos sem conceder foi precisamente na última derrota espanhola em jogos oficiais, frente à Escócia em março de 2023, na qualificação para o Euro-2024, em Hampden Park (2-0).
Registo frente a frente favorece a Espanha
Desde esse encontro, os espanhóis só perderam mais uma vez, num particular frente à Colômbia, empataram seis (incluindo cinco jogos da Liga das Nações, três dos quais decididos nos penáltis) e venceram 24, sendo que apenas França e Suíça conseguiram marcar mais do que um golo nessas vitórias.
Para além disso, os resultados dos duelos diretos com a Geórgia também são claramente favoráveis aos espanhóis.
Em oito encontros anteriores entre as duas seleções, La Roja venceu sete - incluindo os últimos cinco - enquanto a Geórgia só conseguiu uma vitória, num particular em 2016.
Por isso, as probabilidades estão claramente contra os georgianos. No entanto, vão querer aproveitar o facto de Lamine Yamal não ter recuperado totalmente da lesão e, por isso, não poder participar nesta pausa internacional, uma decisão tomada pelo Barcelona, que pareceu incomodar De la Fuente.
Dani Carvajal, do Real Madrid, também está ausente, tal como Nico Williams, Rodri, Gavi, Dean Huijsen e Fabian Ruiz.
Se todos estes jogadores estivessem disponíveis, seriam certamente titulares, o que significa que De la Fuente terá de mexer na equipa e, possivelmente, alterar o seu sistema habitual para responder ao desafio.
Geórgia também atravessa bom momento
Os espanhóis contam com muita profundidade no plantel e já têm jogadores como Pedri a exibir-se ao mais alto nível. Mikel Oyarzabal também tem sido um excelente número nove para De la Fuente, tendo feito três assistências no jogo recente frente à Turquia.
A Geórgia vai inspirar-se na exibição convincente do último jogo, uma vitória por 3-0 sobre a Bulgária, para acreditar que pode, pelo menos, discutir o resultado com o líder do Grupo E.
Na verdade, quatro vitórias nos últimos seis jogos permitiram-lhes marcar 16 golos, o que reforça a confiança de que podem dar boa conta de si e, quem sabe, aproveitar alguma eventual complacência espanhola.
Poderão protagonizar uma das maiores surpresas desta jornada de jogos para o Mundial?
Kvaratskhelia pode ser arriscado apesar da lesão
O principal problema de Willy Sagnol é que o seu talismã, Khvicha Kvaratskhelia, continua de fora, embora tenha sido convocado contra a vontade do seu clube, o Paris Saint-Germain.
Enquanto o inspirado Georges Mikautadze – que já soma três golos e uma assistência em sete jogos pelo Villarreal, sensação da LaLiga – pode criar dificuldades, o dinâmico médio Nika Gagnidze vai jogar como se a vida dependesse disso, e Zuriko Davitashvili não dará tréguas ao seu adversário direto, mas a ausência do talento e criatividade de um Kvaratskhelia em forma será, quase de certeza, o maior obstáculo às aspirações da Geórgia nesta partida.
Giorgi Chakvetadze também está definitivamente fora, pois ainda não recuperou de uma fratura de stress no pé sofrida em abril.
De qualquer forma, sob o comando de Sagnol, a equipa tem-se destacado pela coesão no meio-campo e pela capacidade de sair rapidamente para o ataque, mantendo sempre a solidez defensiva.
Bloco baixo é a melhor esperança da Geórgia para surpreender
A Geórgia nunca apostou verdadeiramente numa linha defensiva de cinco jogadores, mas, apesar de ir contra a filosofia do treinador, essa pode ser a melhor hipótese de conseguir, pelo menos, um ponto nesta partida.
Isto porque La Roja tem, historicamente, mais dificuldades frente a equipas que apostam num bloco baixo.
O problema para os georgianos é que dificilmente conseguirão defender dessa forma durante 90 minutos completos e perante o esperado assalto ofensivo espanhol.
O mais provável é que a Espanha mantenha o registo 100 por cento vitorioso nesta qualificação, mas, como tantas vezes se viu no futebol, tudo pode acontecer com a mentalidade e entrega certas.
