A concorrência é grande no centro da defesa francesa. Ibrahima Konaté, William Saliba, Lucas Hernandez e Dayot Upamecano disputam um lugar no centro da defesa. E, tendo em vista as lesões, várias combinações são testadas a cada encontro. O central do Bayern de Munique, que retornou aos Bleus após ausências em março e no final de junho, tem tudo para jogar. Especialmente quando é elogiado pela sua solidez, seja pelas estatísticas ou pelos seus próprios companheiros de equipa.
15 jogos sem sofrer golos
Não vale a pena hesitar: há uma França com e sem Upamecano. O bávaro é um defesa confiante e em constante evolução. Os Bleus conseguiram vencer com 15 balizas invioladas em 18 jogos em que ele atuou, contra 0 nos últimos 11 jogos disputados sem ele. Estes números elevados atestam a sua contribuição para a seleção nacional.
É preciso dizer que, desde a sua chegada (2020), o defesa tem vindo a evoluir cada vez mais. Em primeiro lugar, porque as exigências que lhe são impostas no Bayern assim o exigem e, em segundo lugar, porque amadureceu. As faltas são menos frequentes e as batalhas nos duelos mais significativas. Como exemplo recente, Upamecano ganhou 7 duelos contra a Ucrânia, tocou na bola 78 vezes e completou 89% dos seus passes. Como resultado, foi estatisticamente o 5.º melhor jogador da equipa francesa.
Um desempenho que reflecte uma evolução significativa. A determinação e precisão melhoraram. A defesa francesa está mais calma, e ele também. "É tranquilizador por causa da sua força e da sua capacidade de antecipação", disse Guy Stephan ao L'Equipe na semana passada: "Vê-se mais o seu entusiasmo. É um facto que, quando ele está aqui, a seleção francesa tende a ter resultados muito positivos. Está radiante. Dayot, mesmo que não seja muito expressivo, é um líder nesse aspeto."
"Temos os nossos automatismos"
Além disso, o defesa tem uma afinidade com os outros companheiros de equipa. Já jogou cerca de dez vezes ao lado de Saliba. Neste momento, aproveita a sua ausência para se encontrar com o antigo companheiro Konaté, que estava no Leipzig. E isso parece ter sido muito eficaz contra a Ucrânia.
"É evidente que hoje fizemos um bom jogo juntos. É verdade que, desde o Leipzig, estamos a jogar juntos automaticamente. Conhecemo-nos em campo", disse o defesa do Liverpool após o jogo de sexta-feira: "Temos de continuar a jogar, independentemente de quem joga, mesmo que todos queiram jogar, o jogo é assim... Só esperamos continuar a fazer boas exibições e não sofrer golos.
Para além das qualidades defensivas intrínsecas, Upamecano tem também uma grande vantagem: a familiaridade. Não importa com quem está a jogar, consegue entender-se sem grandes problemas. Uma grande vantagem quando o lugar é muito disputado.
Contra a Islândia , na terça-feira, deverá continuar a ter uma importância significativa. Se assim for, marcará muitos mais pontos com vista ao próximo Campeonato do Mundo.