Reveja aqui as principais incidências da partida

Depois da goleada na Arménia, na primeira jornada do Grupo F de qualificação para o Mundial-2026, Portugal chegava a Budapeste moralizado para aquela que seria, em teoria, a deslocação mais difícil do caminho para as Américas.
O histórico era favorável (quatro jogos e quatro vitórias em Budapeste), Rúben Neves e Bernardo Silva foram novidades num onze que promoveu uma mudança tática – três centrais com Nuno Mendes a fechar à esquerda e Rúben Neves à direita – e o guião parecia seguir aquilo que Roberto Martínez tinha previsto com a Hungria a entregar por completo o controlo do jogo à Seleção Nacional.
Contudo, o plano encontrou uma falha logo aos 21 minutos, na primeira vez que os magiares se acercaram com perigo da baliza de Diogo Costa. Szoboszlai cortou a linha de passe de Rúben Neves, Portugal não estava preparado para a transição e o lance acabou com Vitinha – que funcionava como central do meio a organizar – a ser ultrapassado pelo maior Barnabás Varga que colocou a bola no fundo das redes.
O golo não alterou fundamentalmente o jogo. Portugal dominva (chegou a ter 73% de bola) com paciência de Buda, mas sem rasgo nenhum rasgo de peste. A equipa ia tendo dificuldades para furar o bloco adversário e quando o conseguiu, Balazs Tóth fez uma grande defesa aos remates de Cristiano Ronaldo e João Neves.

Foi já nos últimos 10 minutos da primeira parte que o empate surgiu, quando Bernardo Silva recebeu na área a bola de Cancelo e marcou. O festejo foi envergonhado, a Hungria pedia fora de jogo, mas Kerkez colocou o médio do Manchester City em jogo. Foi o 14.º golo de Bernardo Silva com as quinas, que igualou o registo de… Diogo Jota.
A segunda parte começou com a mesma toada e os mesmos problemas. Portugal precisava de uma mão e ela chegou por intermédio de Loic Négo. O defesa magiar cortou com o braço o remate de Ronaldo e foi assinalado penálti. Chamado a converter, Ronaldo não falhou. Sétimo golo em sete jogos contra a Hungria, 141.º por Portugal, 943.º na carreira.
Em vantagem, a Seleção Nacional acabou por não conseguir dar o golpe final e deixou o jogo entrar numa fase perigosa. A Hungria acreditava com a desvantagem mínima, o estádio uniu-se o golo surgiu. Aos 84 minutos, Négo apareceu na esquerda e Varga apareceu na área a cabecear para o fundo das redes. Num jogo em que utilizou um sistema de três centrais, mas apenas um era de raiz, a equipa de Roberto Martínez sofreu dois golos de cabeça.
Contudo, a Hungria nem teve tempo de saborear a resposta. O elemento menos resignado de Portugal, Cancelo recuperou a bola a Kerkez e disparou para o fundo das redes. Depois de uma assistência, o golo que foi decisivo. O rasgo de peste que tanto era preciso.
Portugal soma a segunda vitória no Grupo F e passa a liderar de forma isolada com seis pontos, mais três que a Arménia e cinco que a Hungria e a Irlanda, próximo adversário.
Homem do jogo Flashscore: João Cancelo (Portugal).
