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Bruno Fernandes afasta Arábia Saudita e foca-se em Portugal: "Mundial é um grande sonho"

Bruno Fernandes ao serviço de Portugal
Bruno Fernandes ao serviço de PortugalFPF

O médio do Manchester United fez a antevisão do jogo de Portugal com a República da Irlanda, a contar para a terceira jornada do Grupo F de qualificação para o Mundial-2026. Afastou o interesse da Arábia Saudita, assumiu o sonho de vencer o Campeonato do Mundo e do prazer que sente ao vestir a camisola das quinas, mas também dos red devils.

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Arábia Saudita: “É um cenário impossível de imaginar, ninguém falou comigo. Quando aconteceu, falei abertamente convosco, não faço ideia se é verdade ou não. Gosto de focar-me no hoje e o mais importante para mim é o representar a Seleção. É um motivo de orgulho enorme ter a oportunidade de fazer mais um jogo, ainda não sei se vou jogar amanhã, quanto mais se vou estar fora do Manchester daqui a um ano, é algo que não me preocupa. Sou feliz onde estou, caso contrário não teria ficado, mas é algo que não me puxa muito pela cabeça.

República da Irlanda: “O resultado que obtiveram na Arménia não é o mais importante, é um jogo diferente, contra uma seleção diferente, que somos nós. Sabemos dos perigos, é uma seleção muito intensa, forte nas segundas bolas, futebol direto, bolas paradas. Sabendo tudo isto e tentando anular os aspetos mais fortes, o nosso objetivo é ficar com bola, ter paciência, saber encontrar os espaços certos, defensivamente são organizados, com poderio físico, há que fazer da melhor maneira para encontrar os golos que é o que queremos”.

Pressão extra: “A Seleção joga sempre para ganhar, sempre foi esse o objetivo independentemente do treinador. Ganhei a primeira Liga das Nações com outro treinador, nunca nos passou pela cabeça nada que não fosse ganhar. Existem outras seleções fortes, mas nós queremos ganhar todos os jogos. O Mundial é um grande sonho, não só para nós, mas para todos os portugueses. Desde pequeno que tenho esse sonho enquanto via outros jogadores e tentava puxar. Não existe maior pressão, porque representar Portugal é um privilégio, nem toda a gente tem a oportunidade e com isso vem uma grande responsabilidade”.

Kelleher defendeu um penálti: “Todos os dias são bons para acertar contas. Foi mais forte que eu nesse momento, esteve muito bem e eu muito mal. Caso seja escolhido em jogar, o objetivo é ganhar e não marcar golos. Ganhar e estar mais perto do Mundial é muito mais importante do que ajustar contas com o guarda-redes na Irlanda”.

Fugir à pressão do United: “São coisas diferentes. Estar na Seleção é estar em casa, falar português, comer comida portuguesa, tudo isso faz com que me sinta muito bem, o sol ajuda muito. Mas também me sinto bem em Manchester, adoro a pressão que lá tenho, tenho que me dar por feliz pela pressão porque significa que o objetivo é maior, eu gosto de desafios que são bons para crescer como pessoa”.

União: “Não existem indiscutíveis nesta Seleção. Há sempre quem jogue mais, é normal, mas o facto de todos nos sentirmos indiscutíveis faz com que haja muita competição nos treinos e o nível seja muito alto. É uma união muito saudável, muito sana, onde não só em campo, mas como fora dele, passamos muito tempo juntos e isso ajuda que o grupo cresça. O mister disse que o importante é sairmos daqui a achar que acrescentarmos algo ao grupo e procuramos sempre isso”.

Penáltis: “Não foi a minha técnica, é o que tenho de estudar melhor. Gosto de ver os guarda-redes, estudar, para receber dicas. Só um defendeu, o outro mandei para um sítio... onde não devia ter mandado. Tive dois momentos em que não estive no meu melhor, mas sempre que for escolhido farei sempre com a convicção de que serei capaz, porque atrás há um treinador que acredita em mim e continuarei a trabalhar. Era algo que tinha um êxito muito grande, falhei dois em três no campeonato, marquei dois na taça, mas não quero falhar”.

Nuno Mendes: “A primeira pré-época que faz no Sporting é comigo. Conheço-o há muitos anos, sempre foi um miúdo envergonhado e extrovertido. Está nas bocas do mundo só por um motivo: pelo talento. Não me cabe a mim decidir se é o melhor do mundo, por mim todos os anos era um dos portugueses. Os jogadores do PSG estão nas bocas do mundo pela grande época a nível individual e coletivo. Nenhum foi eleito o melhor do mundo, mas o facto de lá estarem devem de nos orgulhar”.

Ambiente: “Acho que tendo um ambiente positivo é sempre melhor. Se só isso chega para ganhar? Não. Acredito que muitas seleções têm excelente ambiente e não ganham. O mais importante é meter o ego de lado. Todos jogamos em grandes clubes, queremos jogar, todos aziamos quando não jogamos, mas há que transformar essa azia num momento positivo. Ali duas horas antes do jogo, a azia tem de desaparecer, porque há um bem maior que é o grupo. Aqui o ambiente é bom, a qualidade é grande, há que juntar isso para que os resultados continuem a aparecer”.

Jogar mais recuado: “Eu gosto de jogar futebol, independentemente da posição. Vou fazer o melhor a lateral, guarda-redes, etc. Toda a gente tem posições preferidas, mas onde existe qualidade tens de te adaptar à ideia do treinador. Já fazia no Sporting com o mister Jorge Jesus, a jogar ao lado do William Carvalho ou do Rodrigo Battaglia contra blocos mais baixos. Tens mais espaço para pensar, mais espaço, o risco é menor. Quando jogo a 10 o objetivo é criar jogadas, encontrar espaços, finalizar. Eu adapto-me ao jogo coletivo, não ao meu jogo. O mais importante é que as minhas equipas consigam ganhar. Se tiver de ser menos influente no jogo coletivo, mas os resultados saírem melhor, é o mais importante para mim”.

Mundial-2026: "O nosso primeiro sonho e o objetivo é ganhar amanhã, depois é qualificarmo-nos. Quando lá estivermos é sonhar com o Mundial. Toda a gente entra em todos os jogos para ganhar. Num Mundial até com poucas vitórias consegues chegar à final. Eu sonhei com isto desde muito pequenino, sonhava com eles, queria que eles ganhassem. Vou continuar até que o objetivo seja cumprido”.

João Félix: “É um jogador de topo, está a mostrar o seu nível, estamos felizes por tê-lo aqui e sabemos o que ele pode dar à equipa. Está mais confiante, nos últimos dois jogos foi muito bom para nós”.

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