Após quatro jogos no Grupo G, os Mambas têm nove pontos, os mesmos que os campeões africanos de 2019, mas estão em segundo lugar devido a uma diferença de golos inferior.
A equipa de Chiquinho Conde prossegue a campanha de qualificação com um jogo em casa contra o Uganda, a 20 de março, antes de viajar para Tizi Ouzou, cinco dias depois, para um confronto com as Raposas do Deserto.
A poucos dias da partida, Dário Melo admite que o apuramento para o Mundial não será fácil, mas insiste que a sua equipa continua positiva.
"Todos os países do nosso grupo querem estar no Mundial e nós não somos exceção. Ainda é cedo nas eliminatórias, e há tudo para jogar", disse Melo ao Flashscore.
"O grupo continua muito aberto e, apesar da nossa posição atual, continuamos optimistas quanto às nossas hipóteses de nos qualificarmos. A nossa única derrota até agora foi contra a Argélia, mas estou contente por termos recuperado com duas vitórias, especialmente contra a Guiné".
"Compreendemos o que significa estar no Mundial, mudaria as nossas vidas para sempre. Daqui para frente, vamos levar os jogos restantes ainda mais a sério, sem deixar espaço para complacência".
Melo revelou que o seu país está a inspirar-se em Angola e no Togo, que se qualificaram para o Mundial apesar de não serem favoritos.
Os Palancas Negras conseguiram uma das maiores surpresas de África ao derrotarem a Nigéria num grupo de qualificação difícil, garantindo a sua primeira participação no Mundial-2006, na Alemanha. Na mesma edição, os Hawks de Stephen Keshi conquistaram uma vaga ao derrotarem Senegal, Zâmbia e Mali.
"Tal como as outras equipas do nosso grupo, acreditamos que temos uma oportunidade e esperamos seguir os passos de Angola e do Togo, que se qualificaram apesar de serem considerados underdogs".
"Muitos rotularam-nos de outsiders, mas isso não nos incomoda. Tudo o que queremos é concentrar-nos em fazer o trabalho e deixar que o nosso desempenho em campo fale por si".
"A nossa equipa é uma mistura de juventude e experiência, com um treinador que é uma grande inspiração para muitos de nós. Estamos determinados a provar o nosso valor e esperamos que todas as probabilidades estejam a nosso favor. O nosso principal desejo é que o nosso plantel não sofra lesões enquanto avançamos".
"O caminho é longo, mas estamos prontos para dar o nosso melhor e aproveitar todas as oportunidades que surgirem."
Chiquinho Conde anunciou na terça-feira uma lista de 25 jogadores, que inclui o guarda-redes Kimiss Zavala, de 20 anos, do Marítimo, e o avançado Kelvio Neves, do Black Bulls.
Edmilson regressa depois de uma longa paragem por lesão, tendo voltado recentemente aos Kaizer Chiefs, gigante sul-africano. Já Chico, de 33 anos, também está de volta pela primeira vez em quase dois anos.
Os convocados de Moçambique:
Guarda-redes: Ernan (Associação Black Bulls), Ivane Urrubal (União Desportiva Songo), Kimiss Zavala (Marítimo, Portugal)
Defensores: Chamboco (Associação Black Bulls), Chico(Costa do Sol), Edmilson (Kaizer Chiefs, África do Sul), Bruno Langa(Almeria, Espanha), Domingos Macandza (Associação Black Bulls), Nanani (União Desportiva Songo), Nenê (Associação Black Bulls), Reinildo(Atlético de Madri, Espanha)
Meio-campistas: Alfonso Amade(Septemvri Sofia, Bulgária), Amadou(Tanzania Prisons, Tanzânia), João Bonde(Ferroviário da Beira), Dominguez (União Desportiva Songo), Guima(Zira FK, Azerbaijão), Pepo (Caldas, Portugal), Shaquille(Sagrada Esperança, Angola)
Atacantes: Clesio Bauque (Associação Black Bulls), Geny Catamo(Sporting de Lisboa, Portugal), Gildo (Jerash, Arábia Saudita), Elias Macamo(Ferroviário de Maputo), Kelvio Neves (Associação Black Bulls), Stanley Ratifo(Chemie Leipzig, Alemanha), Witi (Al Orooba, Emirados Árabes Unidos).