"O objetivo comum é promover o futebol em todas as 41 associações membros da CONCACAF", afirmaram as duas partes num comunicado. "Estamos muito satisfeitos por iniciar a nossa parceria com a CONCACAF, que, enquanto organização, está a atravessar uma fase emocionante com todos os seus membros", acrescentou Mohammed Al Sayyad, diretor da PIF.
O conteúdo da cooperação é, por conseguinte, o apoio às competições da CONCACAF para as selecções e os clubes nacionais. Para além do futebol masculino e juvenil, o envolvimento da PIF estender-se-á também ao futebol feminino, embora os direitos das mulheres e as suas oportunidades de participar em actividades desportivas sejam severamente restringidos na Arábia Saudita.
Arábia Saudita expande a sua influência
Estes problemas não impediram o presidente da CONCACAF, Victor Montagliani, que é também vice-presidente da FIFA, de se mostrar eufórico com o acordo: "Esta parceria estratégica contribuirá para o desenvolvimento do futebol na nossa região. Quanto mais nos aproximarmos do Campeonato do Mundo de 2026, mais interesse e atenção atrairão todas as nossas competições".
Através do patrocínio da CONCACAF, a Arábia Saudita, que é a única candidata a acolher as finais do Campeonato do Mundo de 2034, continua a envidar esforços significativos para expandir a sua influência no futebol internacional. Na primavera passada, a empresa estatal de produção de petróleo Aramco assinou um lucrativo acordo de patrocínio com a FIFA até 2027.
O envolvimento dos sauditas no desporto, que é evidente desde há vários anos, é visto de forma crítica em muitas partes do mundo. As organizações de defesa dos direitos humanos consideram o envolvimento multimilionário do reino no ténis e no golfe, por exemplo, como uma "lavagem desportiva" para melhorar a reputação da Arábia Saudita.