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O guarda-redes brasileiro, de quase 45 anos, tem sido uma das estrelas do surpreendente clube carioca, que, capitaneado por outro vetarano, o defesa Thiago Silva, tentará causar mais uma surprensa frente aos blues nos arredores de Nova Iorque.
- Sente-se uma estrela do Mundial de Clubes?
Consegui ajudar os meus companheiros em momentos importantes, por isso estou feliz, mas todos são importantes para que o grupo se destaque, e é isso que faz a diferença nas eliminatórias.
- Qual tem sido o segredo para o Fluminense vencer adversários teoricamente mais fortes, como o Inter de Milão?
A entrega tática para neutralizar o máximo possível a equipa adversária e a qualidade individual dos jogadores que temos defrontado. Isso dá-nos confiança para podermos fazer um trabalho importante quando temos a posse de bola. É um fator muito importante para podermos criar jogadas e evoluir para aquilo que é importante, que é marcar.
"Escrever uma bela história"
- Foi dito que o Flu é o "patinho feio" do torneio, será que se pode tornar um cisne contra o Chelsea?
O Fluminense sempre foi um gigante. Temos uma grande oportunidade em cada jogo de escrever uma bela história. Se lutarmos, se nos dedicarmos, se estivermos mais concentrados e se estivermos todos no mesmo comprimento de onda, podemos alcançar o nosso grande objetivo: chegar à final.
- O Chelsea é o adversário mais forte que defrontou nos Estados Unidos?
Todos eles tiveram um grau de dificuldade (...). Quando analisamos os jogos friamente, verificamos que em todos os momentos do jogo, independentemente do adversário, tivemos dificuldades devido a um ou outro fator, quer fosse físico, climático ou tático. Esperamos que, dentro destas dificuldades que vamos ter com o Chelsea, possamos fazer um grande jogo e destacarmo-nos, como fizemos nas rondas anteriores.
A "evolução" do guarda-redes
- O que mudou na sua forma de treinar em relação a quando era mais novo?
A evolução do treino dos guarda-redes é evidente e eu tive a oportunidade de participar nessa evolução. Isso ajudou-me muito, mas aliado à minha dedicação e à minha vontade de melhorar, porque, por vezes, o ser humano acha-se perfeito e não quer puxar pelo corpo e pela mente para melhorar. Sempre fui um tipo observador e muito detalhado sobre o que tinha de melhorar e o que precisava. E coloquei isso nos meus treinos, aliado à evolução da minha preparação de guarda-redes e do meu trabalho. Sempre foi fácil para mim aprender, pôr em prática nos treinos e levá-lo para os jogos.
- Porque acha que é um guarda-redes melhor agora?
Sou muito melhor em vários fundamentos porque tenho vindo a evoluir, tanto em mim como na minha preparação, e sempre a corrigir-me, sempre a motivar-me para melhorar, independentemente do número de anos que joguei. Tento absorver o máximo que posso no meu dia a dia.
O "sonho" do título
- Não é comum os clubes terem muitos veteranos, porque é que o Fluminense acredita neles?
Sempre houve um equilíbrio dentro do Fluminense e isso tem dado muitos resultados. A academia sempre foi um sucesso, mas seria muito mais difícil sem jogadores que foram pilares para estes jovens. Há muitos jovens à nossa volta, e estes jogadores vão poder ter estas referências que saíram muito novos, que também conseguiram singrar na Europa, portanto há duas vertentes que vão poder absorver: não só dentro de campo, mas também em termos de personalidade, de postura, como desportistas. Muitas coisas acontecem pelo caminho e muitos jovens jogadores perdem-se por falta de referência, e isso prejudica o clube que investe e se dedica à formação.
- Sonha ganhar o Campeonato do Mundo de Clubes?
Sonho sempre em conquistar grandes coisas, que é o que estou a viver no Fluminense. Temos uma grande oportunidade, estamos a subir de dia para dia, jogo a jogo, respeitando todos e dando sempre o nosso melhor para conquistar esse objetivo para os nossos adeptos. Pela fé, Deus já tinha preparado esta competição há muito tempo para nós vivermos intensamente, e é isso que tenho vindo a fazer. No meu sonho já o consegui e agora é pô-lo em prática.
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