O Flamengo vai voltar a defrontar uma equipa inglesa num Mundial de Clubes, e esses confrontos têm sempre um sabor especial para o clube rubro-negro. O passado glorioso remete imediatamente a 1981, quando o Flamengo conquistou o título mundial frente ao Liverpool. No entanto, no segundo encontro com os Reds, em 2019, o desfecho foi de frustração. Um jogo muito equilibrado terminou com uma vitória inglesa por 1-0, no prolongamento, deixando no ar a sensação de que algo diferente poderia ter acontecido em Doha.
O Flamengo não quer carregar o "se" desta vez contra o Chelsea na sexta-feira, em duelo no Lincoln Financial Field, na Filadélfia.
Bruno Henrique, que fazia parte da equipa de 2019, acredita que o plantel atual está mais bem preparado e equilibrado para disputar a inédita edição do torneio deste ano.
“Acho que a nossa equipa hoje é muito melhor do que aquela de 2019. Temos jogadores muito experientes, que já passaram por estas situações na Europa, e outros que já viveram isso aqui, a jogar no Flamengo em 2019”, avaliou.
“Estamos com uma mentalidade diferente, porque 2019 foi um ano atípico, ficámos muito perto. Tivemos a sensação de que podíamos ter vencido. Este ano, estamos a disputar uma competição mais longa, com os maiores clubes da Europa e de outros cantos do mundo. Por isso, temos de pensar jogo a jogo, não olhar muito para a frente, mas sim concentrar-nos na próxima partida”, continuou o avançado.
“Viemos para fazer história. Precisamos manter a tranquilidade para fazer o nosso melhor – é isso que nos levará longe. Já começámos com o pé direito. Agora é pensar no Chelsea, este grande jogo que aí vem, o jogo que todos estão à espera. Nós também”, concluiu Bruno Henrique, uma das apostas ofensivas de Filipe Luís para quebrar a defesa da equipa orientada por Enzo Maresca.
Há jogo, sim senhor
Recém-chegado do futebol inglês, onde se sagrou campeão da Liga dos Campeões pelo Chelsea e jogou recentemente no Arsenal, o ítalo-brasileiro Jorginho vê o Flamengo em condições de competir com o Chelsea.
“O Flamengo tem sempre de ser o Flamengo, pela grandeza do clube e pelo potencial da equipa. Tem de jogar como tem jogado, com os jogadores confortáveis e confiantes para fazerem o que sabem fazer – é isso que tem dado resultado. É continuar nesse caminho”, declarou o médio.
“Acredito que temos hipóteses de ganhar, confiando no nosso plantel e no trabalho que temos vindo a desenvolver. É jogar o nosso futebol, o que sabemos fazer, o que o Flamengo tem feito até agora. Há jogo, vamos ver o que acontece. É uma incógnita. Toda a gente está ansiosa para ver. Normalmente, as equipas brasileiras não jogam contra as europeias. Vejo o Flamengo a competir”, antecipou Jorginho.
Tira-teima contra ingleses e promessa de estádio lotado
Este será o 11.º confronto na história entre o Flamengo e equipas inglesas. O site “FlaEstatística”, especializado na história do clube, indica que o clube carioca venceu quatro jogos e perdeu outros quatro. Dois empates completam o histórico frente aos britânicos.
O embate com os Blues servirá, portanto, como um verdadeiro tira-teimas para pôr à prova a mística do cântico entoado com fervor pela claque rubro-negra: “Em dezembro de 81, botou os ingleses na roda".
A expectativa em torno deste jogo é enorme. A previsão de público é de 50 mil adeptos, praticamente o dobro da assistência registada no primeiro jogo do Flamengo no torneio, a vitória por 2-0 frente ao Espérance da Tunísia.
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