As especulações sobre o futuro foram alimentadas pelo próprio Deschamps durante uma entrevista ao programa da estação televisiva Téléfoot. No segmento "verdade ou mentira", admitiu ter sido contactado por um clube da Arábia Saudita.
"Houve algum contacto. Não vou mencionar nomes. Mas todos sabem qual é a minha situação. Quando decidir deixar a seleção, e isso não mudou, estarei livre. Não excluo nada", afirmou.
Estas declarações reforçaram a suspeita de que se tratava precisamente do Al-Ittihad. Este é o clube que, há um mês, trocou o estratega francês Laurent Blanc pelo treinador português Sérgio Conceição. A direção gostaria de contar com mais um conceituado técnico francês como principal treinador.
Deschamps, no entanto, recusa precipitar qualquer decisão. A sua prioridade continua a ser a seleção francesa, o final da qualificação para o Mundial-2026 e o próprio torneio. Nos bastidores, mantém-se sereno e totalmente dedicado ao trabalho com os Les Bleus. No centro de treinos Clairefontaine, recordou aos colegas que o mais importante neste momento é vencer a Ucrânia, deixando de lado as questões sobre o futuro.
O francês também admitiu que, após 14 anos no comando da seleção, pondera iniciar um novo capítulo na sua carreira: "Não fecho nenhuma porta. Para já, não tenho planos definidos. Vou avaliar conforme as propostas. Mantenho todas as opções em aberto, exceto treinar outra seleção".
Deschamps não esconde que conhece bem a principal Liga saudita, onde também joga Theo Hernández pelo Al-Hilal. Nunca fez críticas à competição, considerando-a uma Liga capaz de oferecer qualidade suficiente aos jogadores franceses. Além do interesse da Península Arábica, recebeu algumas propostas informais de clubes europeus. A decisão sobre o seu futuro deverá ser tomada apenas após o Mundial. O seu contrato com França termina a 20 de julho, um dia depois da final do torneio.