Militão, de 27 anos, foi convocado pela seleção para os amigáveis contra Coreia do Sul e Japão, de preparação para o Mundial-2026. O defesa ficou fora de 94 partidas do Real Madrid durante o período de recuperação, que incluiu duas cirurgias – a primeira no joelho esquerdo em 2023 e, um ano depois, no joelho direito.
"Depois da segunda lesão, muita coisa passou pela minha cabeça. Pensei em largar o futebol porque não é fácil, mas com o apoio da minha esposa, da minha filha e dos meus companheiros, estou aqui hoje para jogar bem", disse o ex-FC Porto em conferência de imprensa em Seul.
O caminho de regresso não foi nada fácil para o defesa, que foi peça fundamental para o Brasil no Mundial-2022.
"Foram dois anos difíceis, com duas lesões muito complicadas. Encarei a segunda de forma diferente porque já conhecia o processo", afirmou.
"Não é algo fácil de lidar. É preciso estar muito próximo da família, de Deus... De repente, estás em casa a depender de ajuda, de alguém para fazer as coisas por ti. Graças a Deus, consegui recuperar das lesões e voltei ao mais alto nível, o que não é simples", acrescentou.
Militão voltou a jogar pelo Real durante o Mundial de Clubes em junho e, aos poucos, foi reconquistando espaço nos planos do técnico da seleção, Carlo Ancelotti, com quem já trabalhou por vários anos em Madrid.
"O tempo que convivo com ele ajuda um pouco na relação. Conversamos bastante, e ele é uma pessoa que agrega não só para mim, mas para toda a seleção," disse Militão.
"Ele é uma pessoa incrível, com muito respeito por tudo o que conquistou, e cabe-me a mim fazer um bom trabalho no clube para me afirmar na seleção", concluiu o defesa.