Mais

Jan Urban (Polónia) e o jogo com os Países Baixos: "Temos a oportunidade de entrar para a história"

Jan Urban, selecionador da Polónia
Jan Urban, selecionador da PolóniaPressFocus / ddp USA / Profimedia

A diferença de potencial é claramente visível, mas não há motivo para baixar a cabeça por isso. Jan Urban foi claro ao expressar que tipo de seleção polaca quer ver: "Gostaria de ver uma equipa a dar mais um passo, capaz de manter a posse de bola por mais tempo do que os Países Baixos".

Siga o Polónia - Países Baixos no Flashscore

Sexta-feira pode ser um dia especial, mas não necessariamente: será que Polónia vai quebrar o jejum nos confrontos com os Países Baixos, tal como aconteceu há anos com a Alemanha, ou teremos de esperar mais alguns anos? O selecionador Jan Urban garante que ainda não sente grandes emoções antes do jogo, mas está consciente das circunstâncias especiais.

"Tenho a oportunidade de liderar a seleção polaca no PGE Narodowy perante casa cheia. Temos a possibilidade de fazer história, porque se durante tantos anos não conseguimos vencer esta equipa, agora surge uma boa ocasião para fazer algo especial. Não é pelo lugar na tabela, pois isso não vai alterar nada", afirmou com tranquilidade.

Depois do empate no primeiro jogo, em Roterdão, o ambiente à volta da seleção polaca melhorou claramente, mas também aumentou a expectativa. Será positivo ou a pressão pode ter um efeito negativo?

"É normal que se deva elevar a fasquia cada vez mais. De facto, tirámos muitos aspetos positivos desse jogo com os Países Baixos. É verdade que no início fomos muito pressionados, mas à medida que o jogo avançou, melhorámos. No jogo da segunda volta, gostaria de ver uma equipa a dar mais um passo, capaz de manter a posse de bola por mais tempo do que os Países Baixos. Uma equipa que não fique apenas à espera do contra-ataque. Sempre parto do princípio de que, se jogares melhor, estás mais perto de vencer", disse o selecionador polaco.

Guarda-redes, lesões e estreantes

Nestes jogos de qualificação, a luta pela baliza deveria ser entre Marcin Bułka e Łukasz Skorupski. Ambos ficaram de fora devido a lesão, por isso os dois nomes mais sonantes na lista são agora Kamil Grabara e Bartłomiej Drągowski. Já há decisão do treinador? Com o seu habitual sarcasmo, Jan Urban confirmou, mas não revelou mais. "Sim, a decisão está tomada, mas não quero partilhá-la. Amanhã vão saber". 

Tal como na baliza, uma ausência importante é a lesão de Jan Bednarek, central do FC Porto, que enfraquece o centro da defesa. Também não estará Przemysław Wiśniewski, que se destacou nesta posição ao entrar na seleção.

"A lesão do Bednarek obriga a que jogue outro. De facto, temos muitas discussões na equipa técnica sobre quem e em que sistema deve substituí-lo. Temos de lidar com isso e escolher a melhor opção possível. Penso que, se tem de acontecer, mais vale agora do que num jogo decisivo", afirmou o treinador, que sublinhou várias vezes que procura tirar o máximo partido destas situações. Transformar cada problema em algo positivo.

Não podia faltar a pergunta sobre os estreantes Filip Rózga (Sturm Graz) e Kryspin Szcześniak (Górnik Zabrze). As respostas do treinador sobre cada um deles mostram claramente que quem tem mais hipóteses de se estrear neste estágio é o primeiro, enquanto o segundo foi chamado devido às dificuldades defensivas.

"Sempre gostei do Filip Rózga, tem uma personalidade muito adequada ao futebol, é aguerrido, mas essa agressividade tem muitos elementos futebolísticos. Já antes pensava em convocá-lo, mas não jogava no Sturm Graz. Esperámos pacientemente até que ganhasse mais confiança do treinador do clube. E conseguiu, começou a jogar, observámo-lo e está em excelente forma", elogiou Urban.

E por que convocou Szcześniak do seu antigo clube? A resposta dificilmente pode ser vista como favoritismo: "Vou ser totalmente sincero: para estar presente, para termos alguém caso surja algum problema durante o estágio".