Juan Micha Obiang foi suspenso depois de a equipa nacional da Guiné Equatorial se ter recusado a apanhar um voo charter para o Malawi, em protesto contra as condições de viagem. A anulação do jogo resultou na perda de três pontos e numa multa de vários milhares de euros para o governo equatoguineense.
Durante uma reunião realizada na terça-feira no Palácio Presidencial entre o governo e a Federação de Futebol (Feguifut), a sanção "foi levantada", mas o treinador dos Nzalang, alcunha da equipa nacional, foi convidado a "restabelecer o diálogo, selecionar apenas jogadores disciplinados e colocar os interesses do país em primeiro lugar", explicou o governo num comunicado de imprensa. Terá "total liberdade para definir a composição das equipas para as próximas competições", acrescentou.
De acordo com o comunicado, Micha Obiang "é a pessoa ideal para liderar a equipa na próxima Taça das Nações Africanas em Marrocos 2025, que começa a 21 de dezembro", apesar dos "recentes conflitos internos na equipa com alguns jogadores", pelos quais pediu desculpa.
A 9 de outubro, na véspera do jogo, os jogadores da seleção queixaram-se na conta do Instagram do Nzalang (Relâmpago) que as condições de viagem "poucas horas antes do jogo" estavam "a pôr seriamente em perigo a sua saúde física".
A equipa equatoguineense culpou a "má organização do Feguifut" e a "falta de informação clara" sobre a partida, 24 horas antes do início do jogo, que faz parte da penúltima ronda de qualificação. A Guiné Equatorial e o Malawi não tinham qualquer hipótese de se qualificarem para o Campeonato do Mundo da América do Norte.