Sem qualquer comparação com o reconhecimento internacional do pistolero ex-Barça e Atlético de Madrid, Luis Suárez, o matador colombiano de 27 anos está a escrever a sua própria história.
Passou de melhor marcador da LaLiga 2 ao serviço do Almería a substituir, em julho, no Sporting, o sueco Viktor Gyökeres, o maior goleador europeu da época 2024/2025. O colombiano já soma oito golos em 17 jogos.
Dois meses após a sua chegada a Portugal, estreou-se a marcar com a camisola amarela da seleção de Colômbia ao apontar quatro golos frente à Venezuela na última jornada de qualificação sul-americana para o Mundial do próximo ano.

A chave está em "saber aproveitar estas oportunidades que Deus nos dá e na fome que temos de vencer e de representar estas cores", afirmou na altura após a sua exibição brilhante.
A sete meses do torneio organizado pelos Estados Unidos, Canadá e México, Suárez luta por um lugar no onze inicial do selecionador argentino Néstor Lorenzo.
Os jogos amigáveis de sábado e terça-feira frente à Nova Zelândia e Austrália, respetivamente, serão decisivos para o jogador.
"Todos lutamos"
Ao lado de Suárez, o avançado Jhon Córdoba, do Krasnodar, parece ter lugar garantido na lista de convocados que Lorenzo levará ao Mundial. A disputa pela titularidade é entre estes dois goleadores para acompanhar os líderes da equipa, Luis Díaz e James Rodríguez.
A luta pelo terceiro lugar reparte-se entre Cucho Hernández, do Real Betis, e Rafael Santos Borré, que atua no Internacional, do Brasil.
Quem parece ter perdido o seu lugar é o jovem talento Jhon Durán, após alguns rumores sobre uma discussão com o treinador e os colegas durante a última qualificação. O avançado de 21 anos, que joga no Fenerbahçe, foi afastado do grupo antes de um jogo frente à Argentina devido a uma alegada lesão que a imprensa local colocou em dúvida.

Em parte, essa polémica abriu caminho a Suárez, que não desperdiçou a oportunidade de mostrar a sua velocidade e capacidade de finalização em espaços curtos. Estou "satisfeito com o momento atual", disse terça-feira à Caracol Televisión na antevisão dos amigáveis frente à Nova Zelândia e Austrália, que se vão disputar em Fort Lauderdale e Nova Iorque. É provável que seja titular apenas num dos jogos, como parte dos testes realizados por Lorenzo.
"Acredito que o desafio é para todos os que chegam" à seleção, "todos lutamos para estar aqui, por um lugar no onze titular", acrescentou.
"Defender a camisola"
Em 2016, com 18 anos, Suárez saiu do Itagüí Leones da Segunda divisão colombiana rumo ao Granada, o primeiro dos cinco clubes espanhóis por onde passou.
Na época 2020, protagonizou a transferência mais relevante da carreira, para o Olympique de Marselha, mas jogou apenas 11 partidas e teve um rendimento discreto. Depois transferiu-se para o Almería. Em junho passado, quando os rojiblancos estavam prestes a garantir a subida à LaLiga, Suárez arriscou ao preferir responder à chamada da Colômbia e ausentar-se do clube.
Lorenzo recompensou o seu compromisso com a seleção, que vai tentar no Mundial superar o seu melhor registo, os quartos de final no Brasil 2014.
"Disse-lhe 'Lucho, é a tua vez'", contou Lorenzo em conferência de imprensa.
"A sua atitude foi a correta: vir jogar pela seleção e defender a camisola".
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