Luxemburgo recorreu ao seu perfil no Instagram para comentar a escolha da CBF. Na opinião do veterano, face ao atual jejum de conquistas em Mundiais, um treinador brasileiro seria mais adequado para a missão. Aproveitou ainda para deixar um alerta a Ancelotti.
"A Seleção Brasileira atravessa um momento muito difícil. Há uma grande instabilidade, uma enorme desconfiança. Não existe empatia entre a seleção e a população. Está tudo desorganizado. Vejo o momento atual do Brasil como em 66, quando foi eliminado por Portugal", analisou Luxemburgo.
"Ganhámos em 70, depois passámos por 74, 78, 82 — com uma excelente seleção, não vencemos —, depois 90, e só voltámos a ganhar em 94. Aí veio 98, com a mesma equipa técnica, e só voltámos a conquistar em 2002. Agora, vivemos novamente um período de instabilidade", prosseguiu.
"Gostaria que fosse um treinador brasileiro, porque já ganhámos antes e passámos por momentos semelhantes ao que vivemos hoje. Seria importante conhecermos a nossa essência e acreditarmos que podemos voltar a vencer. Acho que já não temos tantos jogadores como antigamente. Por isso, a chegada de Ancelotti ocorre num bom momento. Bem-vindo, Ancelotti — que tudo corra bem e que nos ajude a alcançar uma nova e grande conquista. Não é fácil. Aqui, a nossa essência é diferente. Mas tenho a certeza de que, com a tua sabedoria, saberás conduzir a Seleção Brasileira rumo a uma nova conquista do Mundial", concluiu Luxemburgo.
Carlo Ancelotti foi anunciado na segunda-feira como o novo técnico da Seleção Brasileira. A CBF informou que o italiano de 65 anos fechou contrato até ao Mundial-2026. Ele vai assumir o Brasil já em 26 de maio e o seu primeiro jogo à frente da seleção canarinha será o duelo contra o Equador, em 6 de junho, pelas Eliminatórias do Mundial-2026.
Ancelotti será o 4.º estrangeiro a comandar a Seleção na história. O italiano substituirá Dorival Júnior, que foi demitido em março.
