Segundo o jornal Milenio, o Exército prepara uma equipa especial que irá vigiar o uso destes artefatos para "neutralizar" qualquer um cujo plano de voo não tenha sido registado junto da Agência Federal de Aviação Civil.
"O objetivo é garantir que nenhum drone não autorizado coloque a multidão em risco. Os nossos sistemas detetam, bloqueiam o sinal e obrigam os aparelhos a descer em pontos seguros", disse ao jornal o coronel Vicente Gamboa, do Grupo de Resposta a Emergências do Exército.
A vigilância irá concentrar-se principalmente nos estádios e seus arredores, pontos de encontro de adeptos e locais turísticos na Cidade do México, Guadalajara (oeste) e Monterrey, que irão receber 13 partidas.
Os militares mexicanos utilizarão três sistemas avançados para detetar estes objetos, que se popularizaram nos últimos anos e são fáceis de adquirir.
"Representam um risco"
"A restrição aplica-se principalmente a drones pequenos e médios, que ao voar acima de 500 metros sem autorização ou ao entrar em zonas restritas representam um risco", acrescentou o oficial.
No meio da violência ligada ao narcotráfico que abala o México há quase duas décadas, algumas células criminosas têm utilizado drones para lançar ataques.
Segundo o observatório norte-americano ACLED, que recolhe informações sobre eventos de violência em todo o mundo, no México foram registadas 115 agressões com drones entre 2020 e meados de agosto deste ano.