No primeiro jogo em casa da era Ancelotti na Seleção, o Brasil recebe o Paraguai esta quarta-feira de madrugada (01:45) com o objetivo de mostrar evolução e garantir uma vaga no Campeonato do Mundo de 2026.
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Depois de empatar 0-0 com o Equador na estreia do treinador italiano, na última quinta-feira, em Guayaquil, os brasileiros vão à Neo Química Arena, em São Paulo, para o duelo da 16.ª jornada das Eliminatórias Sul-Americanas.
"O Paraguai está a jogar muito bem, é uma equipa muito sólida. A ideia que temos é de jogar uma partida que os adeptos vão ficar contentes e com gana de apoiar", comentou Ancelotti em conferência de imprensa esta segunda-feira.

O guarda-redes Alisson sublinhou a "concentração" e o "sistema defensivo sólido" da equipa no jogo contra o Equador.
"Acredito que isso é uma base para todas as boas equipas", comentou o camisola 1 em entrevista no último sábado.
A Seleção tinha concedido quatro jogos anteriores das eliminatórias, o último deles a derrota por 4-1 com a Argentina, que marcou a demissão do técnico Dorival Júnior.
O Brasil é o quarto classificado na competição, com 22 pontos. Equador (2.º) e Paraguai (3.º) estão à frente, com 24 cada um. Os argentinos, já qualificados para o Mundial, lideram com 34 pontos.
Feliz aniversário?
O jogo, marcado para as 01:45 (horário de Lisboa), será no dia do 66.º aniversário de Ancelotti. O melhor presente seria garantir a qualificação para o Mundial. Para isso, é preciso o Brasil vencer e a Venezuela ser derrotada pelo Uruguai em Montevidéu.
Embora se tenha mostrado satisfeito com o desempenho defensivo da Seleção na estreia, o treinador italiano reconheceu que o ataque precisa ser mais eficaz. Uma das alternativas para isso é o regresso de Raphinha, que cumpriu suspensão contra o Equador e vem de grande temporada no Barcelona, na qual marcou 18 golos e fez nove assistências na LaLiga, conquistada pelos catalães.
"Raphinha mostrou na última temporada ser um dos melhores jogadores do momento no futebol. Vai ajudar-nos muito", disse Carletto.
O avançado do Barça deve formar o ataque com Vinícius Júnior e Matheus Cunha, que entraria no lugar de Richarlison como ponta de lança.
"Sabemos que futebol é processo. Não adianta atropelar as coisas e achar que de uma hora para outra se resolverão todos os problemas", apontou Alisson.
"A gente sabe que tem que melhorar. E não adianta eu vir aqui e falar que nós estamos num grande momento, porque nós não estamos. Acho que a atitude da equipa no último jogo já foi muito boa. Mas agora temos que priorizar mais a parte ofensiva", expressou, por sua vez, Casemiro.
"Nada a perder"
O Paraguai, que derrotou o Uruguai por 2-0 na última jornada das Eliminatórias, será um adversário difícil, já que estão invictos há nove jogos com o argentino Gustavo Alfaro como treinador: cinco vitórias e quatro empates. Os paraguaios venceram o Brasil em setembro do ano passado por 1-0, em Assunção, com golo do avançado Diego Gómez, que nesta temporada se transferiu para o Brighton.
"Vim ao Paraguai convencido de que poderíamos chegar ao Mundial. Estamos muito perto de conseguir", disse Alfaro em conferência de imprensa antes da viagem da delegação paraguaia a São Paulo.
Assim como o Brasil, a seleção paraguaia, que terá o desfalque do médio Matías Galarza por suspensão, também pode carimbar o passaporte para o Mundial em caso de vitória.
No entanto, Alfaro encara tudo com calma: "Se perdermos, o que acontece? Nada. Vamos tentar de novo contra o Equador", em setembro, na penúltima jornada das Eliminatórias.
"Esses são os tipos de jogos em que temos tudo a ganhar e nada a perder", concluiu o treinador argentino.
