A Canarinha, habituada a passear nas qualificações anteriores, está a ter dificuldades na atual disputa. Contra a Colômbia, esse duro processo só encontrou alívio já nos descontos. Um resultado que deixa os gigantes sul-americanos próximos do Mundial.
O apoio dos adeptos foi imprescindível para os pentacampeões, que sempre tiveram um papel de liderança neste tipo de torneio. No entanto, nos últimos tempos, o Brasil deixou de ser uma força dominante e foi ultrapassado por alguns dos seus rivais.
Na 13.ª jornada da qualificação, a Colômbia perdeu devido a um lapso de concentração. Vinícius Jr. recebeu a bola na lateral, cortou para dentro e disparou um remate venenoso contra Camilo Vargas. Foi uma derrota dura para os Cafeteros, que tinham empatado com um golo de Luis Díaz aos 41 minutos da primeira parte. O Brasil adiantou-se no marcador aos 6 minutos, com um golo de Raphinha, de longe o melhor jogador da equipa da casa.
Três derrotas consecutivas
A Colômbia, numa perspetiva diferente da do Brasil, chegou à sua terceira derrota consecutiva. Na última jornada dupla, a equipa perdeu em Montevideu contra o Uruguai e em Barranquilla contra o Equador por uma margem mínima. O desempenho dos finalistas da Copa América está em queda, e o seu treinador tem causado discórdia entre alguns setores dos adeptos.
As derrotas recentes têm vários pontos em comum: em primeiro lugar, aconteceram nos últimos minutos do jogo. A falta de concentração ou o cansaço são fatores que afetaram os colombianos.
Em segundo lugar, Néstor Lorenzo, inicialmente elogiado por mudar o sistema da Colômbia nos primeiros meses ao comando do projeto, manteve agora uma formação que levanta dúvidas. No Brasil, Richard Ríos não fez o seu melhor jogo. Daniel Muñoz foi amplamente superado por um Vinícius Jr. que chegou a esta Data FIFA sobrecarregado com a maratona de jogos do Real Madrid. James não mostrou qualquer mudança de ritmo na reta final da partida. Córdoba pareceu solitário, perdido, sem receber bolas de forma consistente.
Lorenzo repetiu a equipa da final da Copa América. Os adversários já conhecem o seu método: Lerma recupera, Ríos e James distribuem; Córdoba impõe-se pela força física. Muñoz e Jhon Arias são perigosos quando têm espaço na defesa e Luis Díaz é o jogador de maior destaque da equipa.
A lentidão das substituições, feitas tardiamente apesar das sete alterações disponíveis (o choque de cabeça entre Alisson e Dávinson Sánchez permitiu isso), foi uma decisão imprudente. O cansaço cobrou o seu preço e o treinador esperou demasiado tempo para mudar o esquema.
A Colômbia tem margem para melhorar e garantir a qualificação para o Mundial. No entanto, o seu momento de forma é bastante irregular.
