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Turquia 0-6 Espanha
O Medas Konya Büyüksehir Stadyumu recebeu a Espanha num ambiente ensurdecedor. A federação turca escolheu a cidade de Konya em vez de Istambul e o estádio transformou-se num autêntica caldeirão desde o primeiro minuto. Os otomanos começaram forte e o seu capitão e referência, Hakan Çalhanoglu, teve a primeira oportunidade logo no primeiro minuto, com um remate de longa distância que Unai Simón defendeu a dois tempos.

Mas a Espanha mostrou quem manda sem muita demora. Nico Williams inventou um remate de pé direito do flanco esquerdo que Çakir desviou para canto. O guarda-redes turco desviou depois um remate de Pedri. Mas o médio do Barcelona, que está num momento de forma extraordinário, não demorou a abrir a contagem, com uma finta de corpo antes de um extraordinário remate de pé direito colocado para bater Çakir e fazer o 0-1.
A Turquia respondeu com um remate dentro da área de Elmali que poderia ter sido o empate, mas havia fora de jogo prévio. Mas quem apareceu de novo foi Çakir. O guarda-redes do Galatasaray foi um dos protagonistas dos primeiros minutos, já que teve de intervir pouco depois para evitar o golo de Mikel Merino. A Turquia assustou num contra-ataque em que Akturkoglu ficou frente a frente com Unai Simón e atirou à trave. Numa jogada de videojogo, Pedri fez um passe para Cucurella, que cruzou, Nico Williams e Oyarzábal tocaram de primeira e Mikel Merino finalizou na perfeição para fazer o 0-2.
A Turquia respondeu com um passe de Arda Güler para Kenan Yildiz. O jogador da Juve rematou com força e Simón mandou a bola para canto. O jogo estava a mil por hora e um contra-ataque desenhado por Lamine Yamal de campo a campo foi continuado na área por Pedri e Lamine, incompreensivelmente, mandou a bola para as nuvens. Antes do intervalo, Nico Williams lesionou-se e teve de ser substituído. O recém-entrado Ferran Torres ainda foi a tempo de ver o 0-3, numa combinação de Pedri e Oyarzabál, que Merino voltou a concluir.
Na segunda parte o domínio continuou... Num contra-ataque como vem nos livros, Pedri deu velocidade e critério ao jogo, abriu para Lamine Yamal e este assistiu Ferran Torres, que não perdoou e fez o 0-4. O vendaval espanhol era total e Mikel Merino fechou uma noite de sonho ao concluir o hat-trick com um espetacular remate em arco perante o qual Çakir nada pôde fazer.
O jogo vertical da La Roja era indecifrável para a Turquia e Pedri bisou numa transição, após receber um passe de Oyarzábal. De la Fuente começou a mexer no banco, Jorge de Frutos estreou-se na seleção e os minutos passaram, com a Espanha a tentar ampliar a vantagem e a Turquia a tentar amenizar o marcador, com um remate de Kokçu, que passou por Unai Simón, mas o 0-6 não saiu do marcador.
A Espanha entusiasma para o Mundial 2026 e encaminha a sua qualificação de forma notável com duas vitórias fora frente à Bulgária e à Turquia.
Geórgia 3-0 Bulgária
Marin Petkov deu o primeiro sinal de perigo para a Bulgária, quando o seu remate à queima-roupa foi travado por Giorgi Mamardashvili. Esse lance acabou por acordar a equipa da casa, que criou oportunidades por intermédio de Giorgi Kochorashvili e Otar Kakabadze. Pouco depois, Khvicha Kvaratskhelia tentou fazer a diferença com a sua magia habitual e quase marcou, após uma arrancada pelo centro do terreno que terminou com um remate a rasar o poste.

Não demorou muito, no entanto, para o craque do Paris Saint-Germain deixar a sua marca. À meia hora de jogo, aproveitou um mau passe atrasado e inaugurou o marcador com um remate que passou por entre as mãos de Svetoslav Vutsov. Georges Mikautadze esteve depois muito perto do 2-0, ao corresponder a um cruzamento acrobático de Irakli Azarovi, mas falhou incrivelmente já dentro da pequena área.
Apesar dessa frustração, os da casa continuaram a pressionar e ampliaram a vantagem perto do intervalo, quando Nika Gagnidze marcou o seu primeiro golo pela Geórgia após uma assistência de luxo de Zuriko Davitashvili. Foi o coroar de uma exibição autoritária da equipa de Willy Sagnol na primeira parte, e a tendência manteve-se depois do intervalo, ainda que com menor intensidade.
O abrandamento da Geórgia poderia ter dado alguma esperança à Bulgária, mas esta foi rapidamente destruída quando Mikautadze assinou um belo chapéu sobre Vutsov, depois deste não segurar o remate inicial de Kochorashvili. O jogo ficou então decidido, embora os búlgaros ainda tenham tido um raro momento de perigo, com Anton Nedyalkov a servir Petkov à entrada da área, mas o jovem búlgaro não conseguiu acertar na baliza.
A importância destes três pontos para a Geórgia não pode ser subestimada, antes das difíceis deslocações a Espanha, campeã da Europa em título, e à Turquia no próximo mês. Já a Bulgária, a julgar pelo que apresentou, parece longe de regressar a um Mundial pela primeira vez desde 1998, antes de defrontar a Turquia em casa e visitar a Espanha em outubro.
