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Com a vitória por 1-3 na Estónia na semana passada, a Itália reforçou as esperanças de terminar na segunda posição do Grupo I e vai defrontar Israel na terça-feira, na cidade de Udine, no norte de Itália.
A Noruega lidera o grupo com 18 pontos em seis jogos, enquanto a equipa de Gattuso soma 12 pontos e tem um jogo a menos do que os rivais. Os italianos têm três pontos de vantagem sobre Israel, que, após o duelo de terça-feira, só terá mais uma partida por disputar, ao passo que os azzurri ainda têm duas. O vencedor do grupo apura-se diretamente para o Mundial, enquanto o segundo classificado segue para o pla-yoff.
"Eles vão dar tudo e certamente jogarão de forma ofensiva. Do meio-campo para a frente, com a qualidade que têm, podem criar-nos dificuldades," afirmou em conferência de imprensa. Gattuso não poderá contar com o avançado Moise Kean, que saiu lesionado frente à Estónia, nem com o defesa Alessandro Bastoni, que está suspenso.
Campeã do mundo por quatro vezes, a Itália procura regressar ao maior palco do futebol pela primeira vez desde 2014, depois de ter falhado duas edições consecutivas, um desastre para um país apaixonado pelo futebol. O antecessor de Gattuso, Luciano Spalletti, despedido em junho após uma pesada derrota frente à Noruega, afirmou no domingo estar impressionado com a reviravolta da equipa e mostrou-se confiante de que Gattuso irá alcançar os objetivos.
Gattuso agradeceu a Spalletti, mas sublinhou que a qualificação para o Mundial ainda está longe de estar garantida e revelou que nem sequer abordou a possibilidade de chegar ao play-off com os jogadores.
"A única certeza é a morte; tudo o resto tem de ser conquistado, é preciso trabalhar para isso," disse.
Situação de elevada segurança
O duelo será disputado sob fortes medidas de segurança, já que está prevista uma marcha pró-Palestina no centro da cidade no dia do jogo, mesmo depois de Israel e o grupo militante Hamas terem chegado a acordo para pôr fim à guerra em Gaza.
"Espero que (a paz) dure para sempre. Não há nada pior do que aquilo a que assistimos nos últimos dois anos," afirmou Gattuso.
Os organizadores esperam até 10.000 pessoas na marcha, que decorrerá a vários quilómetros do estádio, situado na periferia norte de Udine. Mais de 9.000 bilhetes para o jogo já foram vendidos, informou a federação italiana.
Muitos habitantes e comerciantes da cidade acreditam que não haverá problemas, mas há quem tema que elementos violentos possam infiltrar-se nas manifestações, como já aconteceu noutras cidades italianas nas últimas semanas.
"Ainda não decidi se vou abrir. Tenho receio que possam causar alguns estragos," disse Francesco Ursic, proprietário de uma loja de utensílios de cozinha.