Polónia 1-1 Países Baixos
Sabendo que um empate dificilmente seria suficiente, a Polónia entrou imediatamente ao ataque e podia ter marcado logo no primeiro minuto. Um cruzamento de Matty Cash atravessou de forma ameaçadora a pequena área, mas Nicola Zalewski, completamente à vontade, rematou por cima. Esse aviso deixou os Países Baixos ainda mais cautelosos e a equipa passou os minutos seguintes a controlar a posse de bola sem, no entanto, criar perigo real.
Mas essa estratégia viria a prejudicar os visitantes, que foram apanhados em contra-ataque a poucos minutos do intervalo. Jakub Kamiński lançou a bola em direção a Robert Lewandowski, que segurou o defesa, rodou de forma brilhante e colocou o passe no espaço para o jogador do Colónia fugir e finalizar com frieza por baixo de Bart Verbruggen.
Os anfitriões chegaram ao intervalo animados, mas o entusiasmo durou pouco: segundos após o recomeço, uma grande defesa de Kamil Grabara a um cabeceamento de Donyell Malen deixou a bola à mercê de Memphis Depay, que rematou com força para assinar o seu oitavo golo nesta campanha de qualificação.
A resposta polaca foi positiva e a equipa dispôs de várias oportunidades para voltar a adiantar-se nos minutos seguintes, sendo a mais perigosa um remate de curta distância de Lewandowski que sofreu um desvio por cima da baliza. A Polónia continuou a insistir até aos últimos 10 minutos, quando Verbruggen travou bem a tentativa de Michał Skóraś, mas a partir daí o impulso passou para o lado neerlandês, que geriu o resultado com relativa tranquilidade.
O empate significa que a equipa de Ronald Koeman estará no Mundial no próximo verão, a menos que consiga, de forma improvável, desperdiçar a enorme vantagem na diferença de golos no jogo em casa com a Lituânia na segunda-feira. As esperanças da Polónia de participar no terceiro Mundial consecutivo - algo que não acontece desde a década de 1980 - sofrem um revés, mas os adeptos não aceitarão nada menos do que um percurso bem-sucedido no play-off de março.
Finlândia 0-1 Malta
As esperanças finlandesas de alcançar a sua primeira participação numa fase final de um Mundial já eram ténues antes do pontapé de saída, mas a equipa quase entrou da melhor forma quando Benjamin Källman desferiu um remate potente à queima-roupa que Henry Bonello defendeu de forma brilhante.
A jogar apenas pelo orgulho, depois de não ter conseguido vencer nenhum dos seis jogos de qualificação para 2026, Malta raramente ameaçou na primeira parte, embora Joseph Mbong tenha ficado muito perto do golo. Bonello voltou a ser chamado à ação pouco antes do intervalo, ao travar um remate de Joel Pohjanpalo e, um minuto depois, ao impedir de forma ainda mais espetacular o golo de Oliver Antman.
Sabendo que só a vitória lhes permitiria manter o segundo lugar do Grupo G, caso contrário cediam a posição à Polónia, os finlandeses voltaram ao ataque logo aos oito minutos da segunda parte. No entanto, voltaram a encontrar Bonello no caminho. Primeiro, um remate de Adam Markhiyev de fora da área foi bem defendido e, três minutos depois, Leo Walta experimentou a mesma frustração quando o seu disparo, que parecia destinado ao ângulo superior, foi defendido por Bonello. Antman voltou a ameaçar aos 71 minutos, mas o guarda-redes maltês estava determinado a não ser batido. E, de forma notável, foi Malta quem inaugurou o marcador aos 82 minutos, quando Grech bateu Sinisalo com um remate fulgurante de longa distância, garantindo a primeira vitória da seleção nas qualificações para o Mundial-2026.
Uma noite dececionante em Helsínquia, na qual Bonello foi claramente a figura do jogo, deixa a Finlândia ainda à procura da segunda presença num grande torneio. Por seu lado, Malta concentra-se agora no último jogo da qualificação, frente à Polónia, na segunda-feira, esperando evitar terminar no último lugar do Grupo G, depois de ultrapassar a Lituânia e subir ao quarto posto.
