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Mundial-2026: Roberto Martínez justifica Forbs e elogia Nuno Mendes como "o melhor do mundo"

Roberto Martínez falou aos jornalistas
Roberto Martínez falou aos jornalistasFPF

Roberto Martínez falou aos jornalistas após divulgar a convocatória para os jogos de Portugal com a Irlanda e Arménia, de qualificação para o Mundial-2026. Justificou a chamada de Carlos Forbs, a impossibilidade de substituir Nuno Mendes, "o melhor do mundo", e a aposta em António Silva em vez de Tomás Araújo.

Novidades: “Os jogadores que não estão aptos medicamente – o Nuno Mendes, Nuno Tavares – e os que estão a voltar – o João Cancelo, João Neves, Rafael Leão – e o Carlos Forbs. É um perfil especial, rápido, vertical, que consegue jogar nas duas alas e isso é muito importante. Novembro é um estágio onde os jogadores já têm minutos e temos de gerir isso. O Forbs está no melhor momento da carreira, jogador muito novo, mas com experiências em Inglaterra e Países Baixos, a ter um papel importante numa equipa a fazer uma boa Liga dos Campeões. Merece e parabéns para o Carlos e o trabalho feito nos sub-21”.

Lateral-esquerdo: “O importante é o contexto. Temos os dois últimos jogos de apuramento e o que fizemos nos últimos dois estágios é importante. Temos dois dias para preparar a Irlanda, precisamos de encontrar soluções dentro do grupo e com os jogadores que já trabalharam connosco. Não há um jogador para substituir Nuno Medes, é especial, o melhor do mundo neste momento, temos de procurar soluções com outras opções táticas e tentar fazer o que já fizemos, utilizar jogadores por fora, dar equilíbrio na ala com jogadores como Diogo Dalot e João Cancelo. É importante utilizar o trabalho feito nos últimos estágios”.

Geovany Quenda e Rodrigo Mora: “Em primeiro lugar, não podemos falar do Mundial, ainda nos temos que apurar. O foco neste momento é apurar para o Mundial. Estão na pré-convocatória como o Félix Correia, João Simões, Tomás Araújo, faz parte da competitividade que temos e vamos procurar momentos de forma e o que a seleção precisa. O momento agora é de apurar, vamos proibir falar e sonhar do Mundial, porque ainda nos temos de apurar”

Pedro Neto: “É uma situação que medicamente ainda tem opções de jogar pelo Chelsea no próximo jogo. Se conseguir entrar, então pode ajudar a seleção. Caso contrário, então é claro que não pode entrar”.

Dois golos ao Barcelona decisivo para Forbs: “É um jogador que acompanhamos durante toda a época. Eu vi com os sub-17, é diferente, relembra o impacto do Francisco Conceição, Pedro Neto na primeira vez que os chamamos. Acho que o Carlos Forbs tem o mesmo perfil, rápido e a jogar nas duas alas. O Roger Fernandes pode fazer isso, o Quenda é o perfil de ala direita. Marcar dois golos ao Barcelona e uma assistência na Liga dos Campeões ajuda, mostra o momento de confiança”.

Os números de Carlos Forbs
Os números de Carlos ForbsFlashscore

Cristiano Ronaldo: “É sempre bom ouvir as ideias do capitão da Seleção. É um jogador único, não há outro com mais de 200 internacionalizações. Todos percebemos a paixão, a ideia do que é para ele vestir esta camisola. É um exemplo, uma pessoa que está muito focada para o apuramento de novembro e depois seria fantástico poder continuar com o sonho do Mundial”.

Vencer o Mundial: “Vou proibir tudo o que não seja falar do apuramento. Temos dois jogos. Se o conseguimos na Irlanda perfeito, se não precisamos do apoio dos nossos adeptos no Dragão. Os estágios de setembro e outubro foram muito bons, mas temos de fechar o ciclo ao melhor nível”.

Prémio the Best: “Orgulho porque é um sinal do que a equipa está a fazer. A Liga das Nações num formato mais exigente de sempre, os 10 jogos, a reviravolta contra a Dinamarca, ganhar à Alemanha na Alemanha, a final contra a Espanha. São momentos importantes, mas ver o Vitinha e o Nuno Mendes nomeados mostra o que a seleção está a fazer a perceção de fora, que é sempre importante”.

Cansaço: “Novembro é um estágio difícil no geral, não sei porquê, mas a experiência diz-me que é difícil para os jogadores. O aspecto físico, mas do que o mental. Queremos apurar-nos para o nono mundial e isso é motivação incrível. O resto é olhar para trás e usar as exibições para melhorar. Os últimos 20 minutos contra a Hungria foram uma lição do que precisamos de melhorar. Temos dois jogos para continuar a melhorar, acrescentar ao que estamos a procurar”.

Grupo mais restrito: “É uma reflexão que no futebol temos de criar um ambiente competitivo e mexer quando precisamos de mexer. A equipa está a competir muito bem, o apuramento em setembro foi exemplo e agora é criar competitividade para trabalhar o futuro. O importante é que agroa temos jogadores muito importantes na seleção, comprometidos e depois temos quem esteja a bater à porta, a trabalhar bem com os sub-21. Já mostrámos que quando não temos três, quatro jogadores importantes, como aconteceu em outubro, a equipa continua a competir. O futebol português tem talento, mas precisas de ter um motivo para mexer, o importante agora é continuar a trabalhar conceitos”.

Leia aqui a convocatória

Matheus Nunes: “A polivalência é importante. No contexto da seleção é importante. O Matheus Nunes está a desfrutar a lateral-direito, é híbrido, sem bola é lateral, com bola usa espaços interiores. É importante para nós neste estágio”.

Tomás Araújo: “É uma boa notícia para nós. É um jogador que já fez a estreia, o jogo contra a Croácia mostrou o que pode fazer e dar à Seleção. É importante que possa continuar a jogar jogos importantes e fazer uma época importante. Faz parte da pré-convocatória, mas o foco de novembro é usar o que já fizemos em setembro e outubro, em que defrontamos as mesmas equipas. Faz sentido continuar com o António Silva e os outros centrais, sendo que o António continua a ser importante no seu clube”.

Nuno Mendes e João Cancelo: “A minha avaliação é muito subjetiva, é como falar do teu filho. Não há, neste momento, outro lateral-esquerdo que tenha capacidade de defender situações de um contra um, com capacidade de jogar por dentro e fora, capacidade física para fazer piscinas, bom no ar, um jogador muito completo. É decisivo no seu clube, por isso é o melhor do mundo. É subjetivo e não preciso que outros treinadores concordem comigo. Sem ele é um desafio para a nossa seleção. Para ganhar um torneio é preciso ter soluções para ausências por lesão, adversários diferentes. João Cancelo foi importante em setembro, não esteve em outubro, mas esteve num bom nível. Para nós seria melhor ter todos os jogadores”