"Talvez seja ainda mais surpreendente para mim do que para vós. Penso que é uma má ideia", disse Ceferin aos jornalistas quando questionado sobre a proposta apresentada a 5 de março na última reunião do Conselho da FIFA.
Durante esta reunião, o presidente da Federação Uruguaia de Futebol, Ignacio Alonso, tinha sugerido aumentar o número de equipas no torneio para 64, enquanto o Campeonato do Mundo masculino passará de 32 para 48 equipas a partir da edição de 2026 nos Estados Unidos, México e Canadá.
A FIFA, por seu lado, referiu-se a uma proposta "espontânea", que tem "o dever de analisar", sem especificar a posição do seu presidente Gianni Infantino sobre o assunto.
O Campeonato do Mundo de 2030 já está a revelar-se um evento complexo sem precedentes, uma vez que será partilhado por Espanha, Portugal e Marrocos, com três jogos de "celebração do Centenário" na Argentina, Uruguai e Paraguai.
"Penso que não é uma boa ideia para o Campeonato do Mundo em si e não é uma boa ideia para as nossas eliminatórias", continuou Ceferin.
O esloveno considerou "estranho" o facto de nunca ter ouvido falar da ideia antes do Conselho da FIFA, num contexto de relações tensas entre a UEFA e o organismo mundial, que assume uma maior presença no calendário com o seu novo Campeonato do Mundo de clubes com 32 equipas, agendado para o próximo verão.
Em 2021, a ideia de um Campeonato do Mundo de dois em dois anos - descartada um ano depois pela FIFA face à oposição generalizada - também tinha começado com uma "proposta", nessa ocasião da federação da Arábia Saudita, que foi transformada pelo organismo com sede em Zurique num "estudo de viabilidade".