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Nani acredita no título mundial e lembra nova autoestima após o Euro-2016

Nani com as cores da Seleção Nacional
Nani com as cores da Seleção NacionalSports Press Photo / ddp USA / Profimedia

O antigo internacional português Nani frisou esta quinta-feira que a conquista do Euro-2016 alterou a confiança e autoestima da seleção portuguesa, acreditando na possibilidade de alcançar o título mundial.

“Depois do Euro-2016, a nossa confiança e autoestima mudou completamente. A partir dali, tudo ficou mais fácil. Temos uma geração de muita qualidade e talento, que conseguimos manter até hoje, continuando um excelente trabalho”, afirmou, durante um painel do Portugal Football Summit, na Cidade do Futebol, em Oeiras.

Internacional em 112 ocasiões, Nani foi peça-chave na vitória de 2016, sendo que, após esse inédito triunfo, Portugal já levantou duas Ligas das Nações e perfila-se como um dos candidatos no Mundial-2026, nos Estados Unidos, Canadá e México.

“Hoje já se ouve que Portugal vai ganhar um Mundial ou um Europeu, antigamente não. Falava-se de talento, de um jogador, como Cristiano Ronaldo ou Luís Figo, só que não se falava da seleção poder ganhar uma competição, muitas vezes eles até gozavam connosco. Hoje já se fala numa grande equipa e que vão ganhar. Sinto o mesmo. Estamos muito consistentes, fazemos frente a qualquer seleção e temos tido muitos resultados positivos. Só nos dá confiança de que é possível”, realçou.

Nani, de 38 anos e que colocou um ponto final na carreira de futebolista na última época, quando se encontrava ao serviço do Estrela da Amadora, recordou os seus melhores momentos da carreira e os treinadores que o marcaram nesse percurso.

“O Paulo Bento foi marcante, sempre acreditou em mim quando eu ainda não era ninguém. Mesmo dando-me duras, disse que acreditava a 200% que eu chegaria a profissional. Percebi que tinha ali um amigo e treinador que gostava de mim. Foi dos treinadores com quem aprendi mais e ajudou-me taticamente”, apontou Nani.

Também José Peseiro foi relevante, ao lançá-lo na equipa principal, mas a ida para o Manchester United trouxe-lhe Alex Ferguson, que o chamava à atenção por estar “à espera de algo”, o que lhe deu confiança para fazer a melhor época da carreira, que findou e, agora, dedica o seu tempo à academia que criou para ajudar jovens.

“Depois de muitos anos dedicado ao mais alto nível, não esperava que pudesse ter um final de carreira tão tranquilo. Consegui encontrar algo interessante para me preocupar. Tenho tido uma reforma preenchida, mas está a ser positiva. Abri uma academia de futebol e, quando estou em Portugal, dedico-lhe o meu tempo. Adoro ajudar crianças a desenvolver capacidades. Estou muito motivado”, disse.

O Portugal Football Summit, organizado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), teve início na quarta-feira e decorrerá até sábado na Cidade do Futebol, em Oeiras, com o objetivo de discutir o futuro do desporto a nível nacional e mundial.