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Pablo Fornals: "Quem me dera que Isco e eu pudéssemos estar juntos no Mundial"

Pablo Fornals, médio do Betis e da seleção espanhola
Pablo Fornals, médio do Betis e da seleção espanholaRFEF

O médio Pablo Fornals, do Betis, recebeu inúmeras mensagens de felicitação após o seu regresso à seleção espanhola. "Mais do que no meu aniversário. Todas foram especiais. Nunca estive em equipas que lutassem pelo título da Liga e, mesmo assim, consegui sempre ser convocado", afirmou.

Pablo Fornals analisou as diferenças entre a convocatória atual e a última em que esteve presente, há quatro anos.

"Mudou imenso, da última vez que vim o selecionador era outro. Vários dos meus colegas nem sequer tinham estreado, mas estou muito satisfeito e orgulhoso por estar aqui novamente", afirmou.

Além disso, recordou o seu golo frente à Bélgica no Europeu sub-21 de 2019, aos 89 minutos, com Luis de la Fuente no banco.

"Foi um golo muito bonito, é sempre especial disputar uma fase final de qualquer competição pela seleção e conseguir marcar. Fiquei especialmente contente porque comecei o torneio sem jogar e esse golo mudou o meu percurso, já que a partir daí passei a ser titular", assumiu.

A duas convocatórias do Mundial, Fornals poderá disputar um lugar com Isco. "Isso já são palavras maiores, não preciso apresentar a ninguém o grande jogador que é o Isco. Seria um sonho para o Betis que não tivesse de ser Pablo ou Isco, mas que pudessem ser ambos", disse.

De la Fuente, trabalhador e apaixonado

Sobre o caso de Lamine Yamal, lamentou a sua saída: "Cruzei-me com ele por pouco tempo, é uma grande perda para nós pelo excelente jogador que é. Mas no futebol e na vida não se pode esperar e temos de enfrentar dois jogos importantes contra a Geórgia e a Turquia".

E acrescentou: "Vi-o para lhe apertar a mão e despedir-me, porque nós tínhamos de ir treinar. Percebo que ele quer estar aqui e ninguém gosta de estar lesionado. Fui tomar o pequeno-almoço e ele também, todos lhe demos um abraço porque é nosso colega".

O médio do Betis não se cruzava com De la Fuente há seis anos e destaca a sua humildade.

"Não o vejo nada convencido. Vocês sabem que não é o estilo do Luis, é uma pessoa muito trabalhadora, muito dedicada ao dia a dia, com uma enorme paixão pelo que faz e isso tem sido refletido pela seleção nas 29 vitórias que já conseguiu e nas fases finais que disputou", afirmou.

Em relação ao Mundial, é assim que vê os seus colegas: "Todo o futebolista sonha em estar aqui um dia. É impressionante a velocidade com que a bola circula nos treinos e nos rondos. Em três dias aprendi imenso com eles, muitos conhecemo-nos da nossa passagem pela sub-21, há um núcleo forte dessa geração. Vejo-os com a mesma humildade e ambição de quando os deixei há quatro ou mais anos".

Além disso, sublinha que não tem preferência por atuar numa zona ou noutra do campo: "Onde o treinador me colocar é uma pergunta que também faço a mim próprio. Onde me puserem, tentarei dar o meu melhor".