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No arranque da caminhada para garantir um visto para estar no próximo ano nos Estados Unidos, México e Canadá, a seleção nacional foi a Erevan golear a Arménia (5-0), seguido de novo triunfo em Budapeste perante a Hungria (3-2), naquele que seria, em teoria, o teste mais difícil nesta fase de apuramento.
O caminho português prossegue no Estádio José Alvalade, perante a Irlanda, seleção que apenas soma um ponto no agrupamento e que vem de um desaire surpreendente na Arménia (2-1), no mesmo terreno em que a equipa das quinas goleou e foi totalmente superior.
Por isso mesmo, tudo aponta para novo triunfo luso no Grupo F, embora a Irlanda tenha um historial de complicar a vida a Portugal - a prova disso aconteceu no apuramento para o Mundial-2022, no Estádio Algarve, em que foi preciso um milagre nos últimos minutos, com Cristiano Ronaldo a assinar um bis e a assegurar um triunfo já quase impossível por 2-1.
Depois de ter sido determinante nos jogos de setembro, com dois golos e uma assistência, incluindo o tento que deu o triunfo em Budapeste, João Cancelo é a grande baixa na formação de Roberto Martínez, devido a lesão, assim como João Neves, que ainda chegou a ser convocado, mas acabou por ser excluído do estágio e rendido pelo lateral Nuno Tavares.

Isto abre uma vaga no lado direto da defesa portuguesa, com Diogo Dalot a aparecer como principal candidato ao onze, embora Nelson Semedo e também Matheus Nunes possam ser surpresa no duelo com os irlandeses.
O jogador do Manchester City está de regresso à seleção nacional, após mais de um ano de ausência, assim como Semedo, que falhou os jogos de setembro devido a problemas físicos, juntamente com Rafael Leão, de volta ao convívio da elite nacional.
A Irlanda aparece em Lisboa longe do poderio que chegou a ter noutros tempos, levando já mais de 20 anos sem chegar a um Campeonato do Mundo - o último foi em 2002, na Coreia do Sul e Japão - e quase uma década sem estar na fase final de uma grande competição, desde o Euro2016.
Atualmente liderada pelo islandês Heimir Hallgrímsson, a seleção irlandesa está longe de ter nomes históricos como Roy Keane ou Robbie Keane e tem uma equipa composta sobretudo por jogadores a atuarem em divisões inferiores em Inglaterra, com o guarda-redes Caoimhin Kelleher (ex-Liverpool e agora no Brentford) e o veterano defesa Matt Doherty (atualmente no Wolverhampton, após passagens por Tottenham e Atlético Madrid) a serem as poucas exceções.
Contudo, Hallgrímsson pode gabar-se de ter complicado no passado a vida a Portugal, já que, no Euro-2016, em França, no comando da Islândia, operou um inesperado empate (1-1) à seleção nacional no arranque da prova, em Saint-Étienne.
O Portugal-Irlanda está agendado para sábado, às 19:45, no Estádio José Alvalade, em Lisboa.
A seleção lusa lidera o Grupo F com seis pontos, mais três do que a Arménia, enquanto húngaros e irlandeses somam apenas um, resultante do empate entre ambos.
Portugal pode garantir já o apuramento e assegurar a nona presença em Mundiais, a sétima seguida, caso vença os dois encontros e se Arménia não triunfar em nenhuma das suas partidas (Hungria, em Budapeste, e Irlanda, em Dublin).
O vencedor do grupo assegura automaticamente um lugar no torneio que se vai disputar no próximo ano nos Estados Unidos, no Canadá e no México, e que pela primeira vez vai ter 48 seleções. Já o segundo colocado terá de disputar os play-offs de apuramento.
