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Spinazzola sem rodeios: "Chega de fracassos, temos de ir ao Campeonato do Mundo"

Leonardo Spinazzola
Leonardo SpinazzolaIPA, Independent Photo Agency Srl / Alamy / Profimedia

Após a vitória na Estónia e na véspera do desafio contra Israel, Leonardo Spinazzola falou do seu regresso à Azzurra, do novo clima criado por Gattuso e do desejo de deixar para trás as lesões e as desilusões: "Somos fortes, é tempo de voltar ao Campeonato do Mundo".

"Chega de fracassos: temos de ir ao Campeonato do Mundo". No rescaldo da vitória na Estónia, e tendo em vista o desafio frente a Israel, no qual a seleção italiana pretende garantir o segundo lugar da fase e o acesso ao play-off, Leonardo Spinazzola falou do seu regresso à seleção e do ambiente que encontrou com a nova direção de Gattuso.

"Gattuso telefonou-me antes do primeiro encontro, dizendo-me que me tinha visto e que as portas estavam abertas. A convocatória? Na verdade, foi um telefonema muito breve, com apenas algumas palavras: 'Leo, precisamos de ti', disse o lateral do Nápoles, em entrevista exclusiva à Rai, transmitida esta noite na Domenica Sportiva.

De regresso à Azzurra ao fim de dois anos, e com a lesão que o impediu durante a caminhada vitoriosa para o Euro-2020 para trás, Spinazzola estabeleceu comparações entre aquela seleção e a atual.

"Até há poucos anos, havia Bonucci e Chiellini, grandes homens, que tinham ganho e perdido na seleção nacional, tinham mais experiência. Mas aqui temos jovens que jogam nas finais da Liga dos Campeões e da Liga Europa. Este é o caminho", afirmou.

"Pelo que vi esta semana, há um grande ambiente, Gattuso esteve muito bem. Acima de tudo, vejo que sabemos que somos fortes, que podemos ter uma palavra a dizer. Os fracassos têm de acabar aqui, temos de ir jogar para o Campeonato do Mundo", acrescentou.

A lesão, o renascimento e a habilidade de Conte

Spinazzola contou como teve de enfrentar meses difíceis, depois da rutura completa do tendão de Aquiles que o afastou dos relvados durante mais de um ano.

"É normal que eu tenha mudado, as minhas caraterísticas são diferentes, já não sou tão explosivo como antes. Mas melhorei muito no aspeto mental, na minha inteligência em campo", explicou.

"Os dois anos que se seguiram à lesão foram muito difíceis. Estava preso ao passado, à visão do que era antes: precisava de trabalhar com profissionais, que agora são meus amigos, que me deram uma grande ajuda. Acontece, não há nada de errado, com esta ajuda fiz um grande percurso. E a minha família também fez muito", acrescentou.

"Sou um jogador diferente e estou feliz com o jogador e o homem em que me tornei. Ultrapassei essa imagem do Campeonato da Europa e espero que os outros também o façam", assumiu Spinazzola.

Por último, Antonio Conte: "Desde o tempo de Gasperini que não trabalhava tanto no aspeto físico e ele voltou a elevar o meu nível. E também a nível mental. Devo muito a ele também".